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29 de Abril de 2020 às 14:48

Contrária à MP 936, Intersindical cobra manutenção de jornadas e salários no Grupo Energisa

A Intersindical Energisa é formada pelo Sinergia-MS e pelas entidades sindicais de SP, TO, SE, PB, MG, RO e AC.

A Intersindical Energisa, formada pelo Sinergia-MS e pelas entidades sindicais de SP, TO, SE, PB, MG, RO e AC, é totalmente contra a suspensão de contratos de trabalho e a redução de jornada e salário em 25% para os trabalhadores do Grupo Energisa. As medidas estão previstas na MP 936/20 e serão aplicadas pela empresa a partir 1º de maio.

“Nós fizemos duas reuniões a distância com os representantes de todas as entidades sindicais que compõem a Intersindical para discutir esse tema e entregamos uma carta para a empresa solicitando que não haja alteração de jornada e salário, nem suspensão de contrato”, informou o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

Por meio de carta enviada à empresa, a Intersindical cobrou a manutenção da jornada e dos salários dos trabalhadores por considerar que a Energisa não pode alegar dificuldades financeiras: “Ainda que a empresa justifique a adoção da medida para manter os empregos e a renda dos trabalhadores, em face de eventuais dificuldades financeiras, é de conhecimento público os expressivos e positivos resultados do Grupo, que fechou 2019 com lucro de R$ 527,2 milhões”.

Na carta, os representantes dos trabalhadores destacam que, “mesmo diante do distanciamento social, que não significa paralisação total do fornecimento de energia para consumidores industriais e residenciais, acreditamos que os serviços de distribuição não serão afetados ao ponto de gerarem prejuízos tais que devam recair sobre as costas dos trabalhadores o seu pagamento”.

Outro ponto destacado pela Intersindical é que houve distribuição de dividendos que representam 44,4% do lucro líquido da Controladora da Energisa aos acionistas em meados de março de 2020, quando já havia informações sobre os efeitos da Covid-19 para a economia. O Grupo Energisa é o primeiro grupo do setor elétrico brasileiro a implantar a MP 936.

“A MP 936 foi criada pelo Governo Federal para socorrer empresas que já estão passando por problemas financeiros e os números mostram que esse não é o caso da Energisa. Mesmo com a pandemia, o setor elétrico continua funcionando e não acreditamos que haverá prejuízos expressivos que possam afetar os trabalhadores”, avaliou o presidente do sindicato.

A carta foi entregue ao presidente do Grupo do Energisa, Ricardo Perez Botelho, e aos diretores-presidentes da empresa em cada estado de atuação do grupo. A Intersindical Energisa também solicitou uma reunião com os representantes da empresa para tratar da situação e buscar reverter a postura da Energisa. 

A Intersindical Energisa também divulgou um Boletim de “Não à MP 9036”. CLIQUE E LEIA AQUI.  


Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, o Sinergia-MS já vem se mobilizando e se colocando à disposição dos trabalhadores, através da Assessoria Jurídica, para esclarecimentos das dúvidas. No último dia 24 de abril, o sindicato realizou uma LIVE com o presidente Elvio Vargas e o advogado Alexandre Cantero sobre os impactos da MP 936 e a aplicação da medida pela Energisa nos nove estados em que a empresa atua.

ASSISTA À LIVE: Sinergia-MS debate redução de jornada e salários e suspensão de contrato pela Energisa

“De acordo com a Energisa, haverá uma complementação salarial para que o trabalhador não tenha nenhum prejuízo salarial, ou seja, que ele continue recebendo a mesma remuneração que recebe hoje, inclusive mantendo os benefícios pagos pela empresa. No entanto, a preocupação do sindicato é com os prejuízos que os trabalhadores terão quanto ao não recolhimento do FGTS e INSS da parte do salário pago pelo governo Federal”, concluiu Elvio Vargas.

Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS



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