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7 de Junho de 2021 às 18:28

Eletrobras: Eletricitários debatem MP com assessoria da senadora Simone Tebet

Nesta segunda-feira (7), representantes do Sinergia-MS, do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), da Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil (Intersul) e da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras (AESEL) debateram a Medida Provisória 1.031/21, que autoriza a privatização da Eletrobras, com a assessoria legislativa da senadora Simone Tebet (MDB).

“O Sinergia-MS conseguiu essa reunião com a assessoria porque a senadora não pôde participar, mas já deixou claro que é contra a MP. É mais um passo importante da nossa luta contra a privatização da Eletrobras, que vai trazer prejuízos para os trabalhadores e para a população”, explica o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

A MP 1.031/21 já foi aprovada na Câmara dos Deputados e tramita no Senado. “MP da Eletrobras que chegou da Câmara vai encarecer custos da indústria, elevar preços e impactar na inflação. Terá de ser alterada no Senado”, afirmou a senadora Simone Tebet em mensagem postada no Twitter nesta segunda-feira (7).

Em Mato Grosso do Sul, a privatização da Eletrobras atinge a subsidiária Eletrosul, que é responsável pela transmissão da energia. O serviço também é prestado pela empresa State Grid no Estado.

Além do presidente do Sinergia-MS, participaram da reunião a representante do CNE, Fabiola Antezanna (Distrito Federal), o representante da Intersul, Tiago Vergara (Santa Catarina), o representante da AESEL, Ikaro Chaves, e os assessores legislativos Daiane Ross e Raimundo Junior, representando a senadora Simone Tebet.

“Foi uma reunião bem produtiva. Os dirigentes sindicais passaram de forma transparente o posicionamento deles. Também passamos a percepção da senadora de que o texto precisa ser melhor debatido. Entre os pontos que preocupam estão o encarecimento da conta de energia e a contrapartida de investimento em termelétricas prevista no projeto”, explica a assessora legislativa Daiane Ross.

O texto prevê a compra pela União de 6 mil megawatts de termelétricas, movidas a gás, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, como condição para privatização da Eletrobras. Essa exigência custaria R$ 20 bilhões ao ano, de acordo com estimativa da Associação dos Grandes Consumidores de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).

De acordo com a representante do CNE, Fabiola Antezanna, outra condição para a privatização prevista no texto que vai contribuir para o aumento da tarifa de energia é a descotização dos empreendimentos da Eletrobras.

“Hoje a Eletrobras tem alguns empreendimentos hidrelétricos que estão sob o regime de cotas, é a energia mais barata do país, com um valor em torno de 60 reais por megawatts/hora. Com a descotização, essa energia vai começar a ser comercializada a preço de mercado, que hoje é de 200 a 240 reais por megawatts/hora. Em 2014, quando a gente viveu um processo de escassez hídrica chegou a 900 reais”, esclarece a representante do CNE.

Articulação

Os trabalhadores estão se articulando por meio das entidades sindicais para sensibilizar os parlamentares e demais autoridades sobre os prejuízos da privatização da Eletrobras.

Fabiola Antezanna explica que a preocupação é que as possíveis alterações na MP realizadas pelo Senado sejam ignoradas pela Câmara dos Deputados e o texto encaminhado para sanção presidencial, sem o devido debate e estudo de impacto. “Tanto o texto original quanto o texto com alterações representam prejuízos para a população. Por isso, essa MP precisa ser rejeitada ou caducar no Senado”, relata.

A MP 1.031/21 perde a validade em 22 de junho. O presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas, ficou responsável pela articulação com os senadores de Mato Grosso do Sul. A reunião com o senador Nelsinho Trad (PSD) ocorreu no dia 4 de junho. O sindicato está tentando agenda com a senadora Soraya Thronicke (PSL).

Leia mais: Confira os motivos para ser contra a privatização da Eletrobras

Por: Assessoria de Comunicação Sinergia-MS



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