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17 de Junho de 2021 às 18:31

Nelsinho Trad e Soraya Thronicke votam a favor da privatização da Eletrobras

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Com os votos favoráveis dos senadores de Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (PSL), o texto principal do PLV 7/2021, proveniente da MP 1.031/2021, que permite a privatização da Eletrobras, foi aprovado pelo Senado nesta quinta-feira, dia 17 de junho.

“O senador Nelsinho Trad se reuniu com a gente, com o Sinergia-MS e o CNE [Conjunto Nacional dos Eletricitários], e assumiu o compromisso de votar contra a MP, mas nos traiu e votou com o governo. Uma grande decepção. No caso da Soraya, ela não atendeu nosso pedido de reunião”, explica o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

Dos parlamentares do Estado, apenas a senadora Simone Tebet (MDB) manteve o posicionamento que já havia informado ao movimento sindical e votou contra a privatização da Eletrobras.

“A Simone Tebet sim, cumpriu com a palavra. Parabenizamos a senadora por se manter contra a privatização. Esse apoio é importante porque a nossa luta continua. Vamos continuar denunciando os prejuízos dessa medida e buscando formas de impedir a privatização da Eletrobras”, ressalta o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

 

No total, foram 42 votos a favor e 37 contra a privatização da Eletrobras. Como os senadores fizeram mudanças no texto original, a MP volta à Câmara dos Deputados na segunda-feira, dia 21 de junho, para apreciação dos parlamentares em sessão extraordinária. A MP precisa da aprovação final do Congresso Nacional até terça-feira, dia 22 de junho, quando perde a validade.

Em Mato Grosso do Sul, a privatização da Eletrobras atinge a subsidiária Eletrosul, que é responsável pela transmissão da energia. O serviço também é prestado pela empresa State Grid no Estado.

O CNE e os sindicatos de todo o país avaliam a possibilidade de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a desestatização da maior empresa de energia elétrica da América Latina, responsável por 30% da geração e 50% da transmissão de energia. A Eletrobras é lucrativa e teve superávit de mais de R$ 30 bilhões em três anos.

Para o movimento sindical, a venda da empresa representa a entrega do patrimônio público à iniciativa privada, o aumento do custo da energia para a população, além de queda da qualidade do serviço e demissões de trabalhadores.

Na terça-feira, dia 15 de junho, os trabalhadores do Sistema Eletrobras de todo o Brasil, entre eles da Eletrosul em Mato Grosso do Sul, realizaram uma paralisação de 72 horas em resposta ao agendamento da MP na pauta de votação no Senado e contra a privatização da Eletrobras. 

Por: Assessoria de Comunicação Sinergia-MS

 



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