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24 de Março de 2020 às 14:24

Sinergia cobra novas medidas contra coronavírus nas empresas de energia de MS

Diante do avanço da pandemia do coronavírus no Estado, o Sinergia-MS acompanha medidas já adotadas e cobra novas ações das empresas de energia para preservar a saúde dos eletricitários que seguem trabalhando para garantir o funcionamento de empresas, como hospitais e estabelecimentos de alimentação, e a comodidade daqueles que estão em casa, seja trabalhando ou realizando atividades internas de lazer.

Nesta terça-feira, dia 24, o sindicato enviou para a Energisa, via e-mail, um ofício com três solicitações: que a Energisa faça somente atendimentos emergenciais, relacionados ao fornecimento de energia elétrica, e que serviços preventivos (como poda, manutenção, corte, consumo final, etc) sejam prorrogados após o momento crítico da pandemia; que a Energisa não repasse as empreiteiras serviços que não sejam essenciais e cobre das empreiteiras as mesmas medidas de saúde e segurança adotadas na concessionária; e o adiantamento de parte da PLR de 2019 para os trabalhadores.

A solicitação do adiantamento de parte da PLR, que está programada para o dia 10 de maio, é por considerar que a maioria dos trabalhadores da Energisa possuem esposas ou maridos na informalidade, e que neste momento sofrem com a diminuição da renda familiar por conta da interrupção de suas atividades.

“Sabemos da importância do nosso setor principalmente diante dessa pandemia, mas devemos expor o menor número possível de trabalhadores, por isso, pedimos que somente os atendimentos emergenciais sejam realizados neste momento. Além disso, temos uma preocupação muito grande com aqueles que atuam nas empreiteiras que ainda não adotaram as medidas de prevenção”, explica o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

Os diretores do sindicato estão debatendo o assunto com a concessionária de energia desde a semana passada. A empresa criou um comitê para definir ações de combate a propagação do coronavírus e já liberou os trabalhadores com mais de 60 anos e aqueles que pertencem ao grupo de risco (hipertensos, diabéticos, pessoas com problemas cardíacos, entre outros) para o trabalho home office (em casa).

Além disso, a Energisa suspendeu o atendimento presencial em todo o Estado e as agências estão fechadas desde às 12 horas desta segunda-feira (23). A medida visa proteger os trabalhadores e os clientes. Em Campo Grande, os locais de atendimento não abriram por conta do decreto municipal.

A orientação da empresa é que a população procure atendimento por meio dos canais digitais via Whatsapp (99980-0698), call center, aplicativo (Energisa ON) e site.

Denúncias

A preocupação do sindicato é garantir a saúde e a segurança dos eletricitários do Estado. As ações de prevenção realizadas pela Energisa e pelas demais empresas de geração, distribuição e transmissão de energia, bem como as terceirizadas, estão sendo monitoradas pelo Sinergia-MS.

O trabalhador que tiver alguma denúncia sobre o desrespeito das empresas às recomendações das autoridades de saúde pode entrar em contato pelos telefones de atendimento do sindicato.

“Nós recebemos a denúncia de um eletricitário com mais de 60 anos, que está com sintomas de gripe, e a empreiteira não dispensou. Nosso jurídico já fez uma carta que será entregue para a empresa avisando que ele não comparecerá mais ao trabalho por ser do grupo de risco e pela possibilidade de contaminação a outras pessoas”, explica o presidente do sindicato.

Todas as denúncias estão sendo analisadas pelo sindicato que está tomando medidas imediatas para preservar a saúde dos eletricitários.

MP 927

O Sinergia-MS também analisa as alterações propostas na legislação trabalhista por meio da Medida Provisória 927, publicada pelo presidente Jair Bolsonaro neste domingo (22) no Diário Oficial da União.

O artigo 18 desta MP previa a suspensão do contrato de trabalho por quatro meses, deixando os funcionários sem salário. Após as críticas das organizações sindicais, o artigo foi revogado pelo presidente. Contudo, a proposta inclui ainda outras medidas como adiamento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e antecipação de férias.

“Nós estamos estudando os impactos dessa MP, mas ressaltamos que, no caso da Energisa, não há necessidade de qualquer medida que prejudique os trabalhadores, pois a concessionária de energia não terá grandes prejuízos durante esse período que enfrentamos de epidemia. Apesar do fechamento de parte do comércio, por exemplo, a quarentena faz com que as pessoas fiquem em casa e isso aumenta o consumo de energia”, avaliou Elvio Vargas.

Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS



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