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24 de Dezembro de 2020 às 09:52

Trabalhadores da Energisa/MS reprovam novamente proposta do acordo coletivo

55% reprovaram a proposta, 44% aprovaram e 1% se absteve.

Durante assembleia virtual realizada pelo Sinergia-MS nesta quinta-feira (24), os eletricitários reprovaram, novamente, a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Energisa/MS. Com a participação de pelo menos 431 acessos ao sistena Zoom pelos trabalhadores e trabalhadoras, 55% reprovaram a proposta, 44% aprovaram e 1% se absteve. 

A proposta reprovada pela categoria foi: 

- Reajuste salarial e ticket: A reposição integral da inflação (INPC), de 4,77%, no salário, ticket alimentação e demais cláusulas econômicas, com pagamento retroativo à data base dos eletricitários, que é 1º de novembro. 

- Home office: O teletrabalho não será obrigatório, isto é, é opcional ao trabalhador ir para esta modalidade, e ainda poderá haver reversão, também estão sendo discutidos outros pontos, como o controle de jornada. Quem estiver em teletrabalho terá os mesmos direitos dos demais trabalhadores. Mas não houve avanço quanto à disponibilidade de uma cadeira em acordo da NR 17 e de que o eletricitário deve trabalhar por 6 meses presencialmente na empresa antes de entrar no home office.

- Transporte para todos: Não houve avanço neste ponto, ficando acordado que haverá discussão e uma solução para que todos os funcionários de Campo Grande e Dourados tenham direito ao transporte, dentro do prazo de 6 meses.

- Horas extras: Para a área operacional, a empresa pagaria integralmente as horas extras 100% (DSR e feriados) e metade das horas extras 50% (dias de semana), mas a compensação do banco de horas passaria de 1X2 para 1X1. Já para a área administrativa, continua a compensação do banco de horas de 1X2, e sem definição de pagamento das horas extras.

“Agora vamos comunicar a empresa da recusa da proposta por parte dos trabalhadores e ver se conseguimos avançar com as negociações na próxima semana. Vamos informar os próximos passos através do site e das redes sociais do sindicato”, informou o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas. 

"Lembrando que essa proposta não é do sindicato, o sindicato só faz a negociação e conciliação, a proposta é da Energisa/MS, que se manifestou que não tem mais “gordura” para negociar", ressaltou o diretor Breno Mourão.

"Rejeitada a proposta, o sindicato tenta voltar à mesa de negociação, se não voltar e a empresa entender que acabaram as negociações, o sindicato tem que convocar uma assembleia para aprovar a greve, um meio legal dos trabalhadores pressionarem a empresa de avançar nas negociações. Se declarar a greve e instaurar o dissídio coletivo, neste caso quem decide o ACT é a Justiça do Trabalho”, explicou o assessor jurídico do sindicato, Alexandre Cantero.


Autorização

Na assembleia, os trabalhadores também foram informados de que a Energisa/MS entrou com processo de suspensão de contrato da diretora sindical Alicéia Araújo, depois que ela gravou um vídeo denunciando que a empresa estava demitindo trabalhadoras após o retorno da licença maternidade.

Com isso, o sindicato colocou em votação a autorização por parte filiados para que a entidade sindical arque com as despesas salariais da diretora Alicéia - essa proposta foi aprovada por 91% dos participantes.

“A categoria se solidariza com a diretora diante dessa atitude de retaliação da Energisa/MS, que foi tomada depois que o vídeo viralizou nas redes sociais.Até porque, quando ela fez esse vídeo, estava representando o sindicato e todos os trabalhadores e trabalhadoras”, disse Elvio Vargas.

“Gostaria de agradecer a categoria pelo apoio e dizer que não vão nos calar. Estamos juntos”, comentou a diretora Alicéia Araújo.

Agora, cabe à Justiça analisar esse processo de suspensão de trabalho.


Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS



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