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11 de Junho de 2019 às 10:00

Trabalhadores da MPE Engenharia aprovam Acordo Coletivo 2019/2020

Em assembleia realizada pelo Sinergia-MS na manhã dessa segunda-feira (10), os trabalhadores da MPE Engenharia aprovaram o Acordo Coletivo de 2019/2020. O presidente do sindicato, Elvio Vargas, e o secretário geral Natanael Cavalheiro conduziram a negociação salarial junto com a Comissão de Trabalhadores formada por Ludiery Araújo, Kiderson Quill, José Rodrigues, Humberto Minante e Cleberson Pinto, que foram eleitos pelos próprios funcionários da MPE.

As negociações com os representantes da empresa estão ocorrendo desde maio. A categoria recusou três contrapropostas da MPE. Na última sexta-feira (7), a Comissão de Trabalhadores participou de uma reunião com a economista e supervisora técnica do escritório regional do Dieese, Andreia Ferreira, que apresentou informações sobre o contexto econômico e acordos coletivos firmados no setor.

Nessa segunda-feira (10), o sindicato realizou uma assembleia para debater uma nova contraproposta da MPE Engenharia e o Acordo Coletivo foi aprovado pelos trabalhadores. Após a assembleia, foi realizada uma reunião com a presença do representante do sindicato, Natanael Cavalheiro, de trabalhadores da MPE e representantes da empresa, inclusive com a participação do gerente de Recursos Humanos Carlos Rodrigues, que veio do Rio de Janeiro, onde funciona a matriz da MPE.

O secretário-geral do Sinergia-MS, Natanael Cavalheiro, explicou que na primeira contraproposta, a empresa ofereceu 3% de reajuste e a categoria conseguiu chegar a 4,78%. “Foi um acordo positivo porque a maioria das outras empresas do setor estão fechando o reajuste abaixo disso, e nós conseguimos um valor no índice da inflação”.

Ele lembra ainda que o sindicato foi importante na mediação entre a empresa e os trabalhadores por conta do contexto da negociação salarial. “Nosso desafio é que a empresa MPE Engenharia está com o contrato encerrado com a Energisa, eles estão com um aditivo até o final do ano, e estão participando da licitação para janeiro de 2020, mas o resultado só sai em outubro. Isso dificultou um pouco”.

O presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas, destaca a importância da categoria ter fechado um acordo que não teve retrocesso mesmo diante de um cenário desfavorável para os trabalhadores e ressalta a necessidade de fortalecer o sindicato para manter os direitos conquistados.

“Apesar de somente 15% dos trabalhadores da empresa serem sindicalizados, o sindicato não mediu esforços para a negociação. Esperamos que, após uma negociação difícil, haja o reconhecimento dos funcionários, que eles se sindicalizem e mostrem força, porque só através da sindicalização podemos mostrar para a empresa que temos o respaldo dos trabalhadores, não só em Campo Grande, mas também em Dourados e outras localidades com trabalhadores da MPE”.

Elvio Vargas também convoca os trabalhadores para a greve geral do dia 14 de junho pela aposentadoria e por mais empregos. “Contamos com o apoio de todos os trabalhadores do setor elétrico. É uma greve contra a reforma da previdência, que acaba com a aposentaria especial do eletricitário. Se esse projeto passar a categoria vai ter um prejuízo muito grande, de ter que se aposentar só com 65 anos de idade e ainda com o valor mais baixo do que é hoje”.

 

Acordo Coletivo MPE

No Acordo, ficou definido o reajuste salarial de 4,78%, sendo 4%, retroativo à folha de maio/2019, e mais 0,78% na folha de setembro/2019. O vale-refeição ficou em R$ 24,00, retroativo a maio, e R$ 25,00 a partir de setembro. Conforme a reivindicação da categoria, o pagamento da cesta natalina será de R$ 150,00.

Em relação ao pagamento do vale-refeição (VR) nas horas extras, será feito o pagamento de um vale-lanche para o labor acima de duas horas extras no dia, no valor de R$ 10,00, o que representa um reajuste de 18%.

Para os trabalhadores que possuem jornada diária de 7h20 ou de 8h (não havendo compensação do sábado), será feito o pagamento integral do vale-refeição para horas extras acima de 3h50.

No caso dos trabalhadores com jornada diária de 8h48 (com compensação do sábado), o pagamento do VR integral será para as horas extras acima de 3h10. Esta regra não se aplica aos sábados, para os trabalhadores com jornada diária de 8h.

O Adicional para Conduzir Veículos no valor de R$ 140,00 será pago aos profissionais operacionais que acumulam a função de motorista, podendo ser dividido por dois em caso de revezamento de veículo, onde cada trabalhador poderá receber R$ 70,00 por mês, o que representa um reajuste de 24,78%.

Também ficou acordada a inclusão de cláusula que prevê cálculo de depreciação de equipamentos e materiais no caso de desconto do trabalhador. Em ambos os casos, os descontos deverão ser parcelados e cada parcela não poderá ultrapassar o valor recebido como Adicional para Conduzir Veículos, ou seja, R$ 70,00 quando dividido ou R$ 140,00 quando motorista único. Em caso de desligamento do trabalhador, o restante do valor será descontado integralmente na rescisão.

Sobre a cláusula “Prêmio de Desempenho”, as partes concordaram em revisar a mesma a partir da renovação do contrato (janeiro/2020), caso a MPE seja a vencedora da licitação, uma vez que a modalidade do contrato atual e futuro são diferentes.

As demais cláusulas do acordo permanecem inalteradas, ou seja, idênticas ao Acordo Coletivo 2018/2019.

Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS

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