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Sinergia-MS inicia oficina de planejamento para Campanha Salarial da Energisa 2021/2022

O Sinergia-MS iniciou os trabalhos da oficina de planejamento para a Campanha Salarial 2021/2022 da Energisa-MS com uma análise da conjuntura econômica atual, nessa quarta-feira, dia 18 de agosto. Pelo segundo ano consecutivo, os diretores se reuniram por videoconferência em razão da pandemia do coronavírus.

“É de praxe iniciarmos nosso planejamento com uma análise de conjuntura porque é a partir disso que vamos nos preparar e nos subsidiar de elementos para definir nosso mote, nossas bandeiras de luta e reivindicações. A oficina é um momento fundamental para entendermos os desafios e as oportunidades que teremos na Campanha Salarial deste ano”, afirma o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

Retrocesso

A abertura da oficina teve a apresentação do diretor técnico adjunto do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, que é geógrafo e pós-graduado em “Economia e gestão das relações de trabalho”. 

José Silvestre citou legislações e reformas propostas pelo governo federal, desde 2016, que têm prejudicado os trabalhadores e a população brasileira em geral, entre elas, a Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência, a ampliação da terceirização, a Reforma Administrativa e a MP 1045 que tramitam no Congresso Nacional e o Programa de Privatizações do atual governo.

“São medidas que, de um lado, vão na direção do desmonte do papel social do Estado brasileiro, e de outro, da retirada de direitos, da flexibilização de conquistas históricas, e não só direitos trabalhistas como também direitos humanos porque a população foi atingida seja pela extinção de políticas públicas, pela queda na renda, pelo aumento do desemprego. E a pandemia aprofundou a crise que o país já vinha enfrentando”, explicou o diretor técnico adjunto do Dieese.

Indicadores econômicos

Durante a oficina, José Silvestre também apresentou uma análise sobre os indicadores econômicos, como o histórico do PIB do Brasil e de outros países, estimativas para 2021 e 2022, análise das taxas de juros, além do índice do desemprego, que deve continuar em 14 milhões de brasileiros até o final do ano, conforme estimativa da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“Analisando a série histórica, é possível identificar que o desemprego está aumentando nos últimos anos, inclusive depois da reforma trabalhista. Isso é uma prova de que não é flexibilização da legislação trabalhista, não é precarização do trabalho, não é retirada de direitos que vai gerar emprego”, explica o representante do Dieese.

Também foram analisados os percentuais e estimativas para o INPC geral e por grupos, com destaque para a alimentação e bebidas que registra 14,26% no acumulado dos últimos 12 meses.

“Foi um debate bastante produtivo porque mostrou como a política atual e as medidas aprovadas pelo Congresso estão afetando diretamente a vida do trabalhador, interferindo no nosso salário, nos nossos direitos, nas negociações com as empresas”, avaliou o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

Por fim, foram apresentados levantamentos do Dieese sobre as negociações salariais e greves realizadas no primeiro semestre de 2021 e um balanço do lucro das distribuidoras de energia no primeiro trimestre de 2021. O Grupo Energisa registrou lucro líquido consolidado de R$ 873,3 milhões no primeiro trimestre de 2021, o que representa um crescimento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado.

As economistas e técnicas do Dieese, Renata Belzunces e Andreia Ferreira, também participaram do encontro. Nesta quinta (19) e sexta (20), os diretores do Sinergia-MS seguem com os debates da oficina de planejamento para a Campanha Salarial 2021/2022 da Energisa-MS.

 Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS

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