Os trabalhadores da Energisa-MS aprovaram a proposta Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023 em assembleia virtual realizada pelo Sinergia-MS nesta segunda-feira, dia 19.
A votação aconteceu pelo aplicativo Zoom e teve 61% de aprovação, 37% de reprovação e 2% de abstenção. A assembleia teve a participação de mais de 380 trabalhadores da capital e do interior do Estado.
A proposta aprovada prevê reajuste salarial de 6,46%, o que corresponde a 100% do INPC (inflação), nos salários, auxílios alimentação, refeição e extraordinário de final de ano, e demais cláusulas econômicas. O pagamento será retroativo a 1º de novembro, data-base da categoria.
Também foi regulamentada a escala de 6 x 3 para o COI/COD, que entrará em vigor em janeiro. A medida foi debatida com os trabalhadores antes de ser inserida no acordo coletivo.
Outro ponto do ACT é que as férias poderão ser fracionadas em até três vezes, desde que haja concordância do trabalhador. A cláusula prevê ainda que um dos períodos deve ser de, no mínimo, 14 dias e nenhum período pode ser menor que 5 dias.
“Além disso, nós conseguimos manter todos os direitos previstos no acordo coletivo e isso não foi fácil. Conseguimos adiar novamente a discussão sobre os afastados e barrar a tentativa da empresa de alterar escalas sem negociar com os trabalhadores”, explica o presidente do Sinergia-MS, Francisco Ferreira.
Durante a Campanha Salarial, foram realizadas oito rodadas de negociação entre a Energisa-MS e o sindicato. Mesmo com a aprovação da proposta, os trabalhadores demonstraram insatisfação com a concessionária de energia.
“Infelizmente, a empresa não atendeu muitas reivindicações da categoria apresentadas pelo sindicato como, por exemplo, ganho real, pagamento de dupla função em áreas específicas e reajuste diferenciado nos auxílios alimentação e refeição. Isso fez com a proposta tivesse um alto índice de reprovação. Os trabalhadores estão insatisfeitos com a falta de reconhecimento da empresa, é um sinal de alerta para mobilizações nos próximos anos se a situação continuar como está”, comenta Francisco Ferreira.
A primeira proposta de ACT previa o reajuste salarial de 6,46% de forma fracionada, e limitação de direitos para os trabalhadores afastados por auxílio-doença, e foi recusada pelos trabalhadores no dia 29 de novembro.
Escalas
Recentemente, o Sinergia-MS realizou uma reunião virtual com os eletricitários de 24 localidades para debater a implantação das escalas 5 x 2 e 6 x 1. Atualmente, apenas a escala 4 x 2 é regulamentada no acordo coletivo e, mesmo assim, também gera reclamações dos trabalhadores.
A partir de janeiro, os dirigentes sindicais novamente vão debater o tema com os eletricitários e com a empresa para definir regras que não prejudiquem a categoria. Também serão debatidas as mudanças relacionadas à cláusula dos afastados.
Durante a assembleia, os trabalhadores ainda esclareceram dúvidas com os diretores do sindicato sobre plano de saúde, plano odontológico, Plano de Cargos e Salários (PCS), diárias de viagem e banco de horas.
Por: Adriana Queiroz/ Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS