Filiado a

Pesquisar
Close this search box.

Brasil é o terceiro pior país do mundo em direitos do trabalhador

O Brasil é o terceiro pior país do mundo para os trabalhadores. É o que aponta a edição de 2022 do Índice Global de Direitos, estudo da Confederação Sindical Internacional (CSI) que analisa o respeito aos direitos dos trabalhadores em 148 países do mundo.

Atrás apenas de Bangladesh (1º) e da Bielorrússia (2º), o Brasil (3º) ficou entre os dez piores países do mundo para se trabalhar pelo quarto ano consecutivo. Em 2018, o país não aparecia no topo da lista, mas, desde 2019, figura entre a segunda e a terceira posição.

De acordo com o Índice Global de Direitos da CSI, a reforma trabalhista (lei 13.467/2017), aprovada no governo Michel Temer (MDB), e a pandemia são fatores que pioraram a situação dos trabalhadores brasileiros. “Desde a adoção da Lei 13.467, todo o sistema de negociação coletiva desmoronou no Brasil, com uma drástica diminuição de 45% no número de acordos coletivos concluídos”, afirma a pesquisa.

Conforme o estudo, em 2022, a situação dos trabalhadores no Brasil continuou a piorar à medida que seus direitos coletivos básicos eram regularmente violados pelos empregadores e pelas autoridades. “A mão de obra, especialmente no setor de saúde e na indústria de carnes (frigorífica), teve que fazer frente às duras consequências da péssima gestão da pandemia de coronavírus por parte do presidente [Jair] Bolsonaro [PL], com a deterioração de suas condições de trabalho e o enfraquecimento das medidas de saúde e segurança”, complementa o texto.

Segundo o Índice Global de Direitos, os dez piores países para se trabalhar no mundo são:

1 – Bangladesh;

2 – Bielorrússia;

3 – Brasil;

4 – Colômbia;

5 – Egito;

6 – Mianmar;

7 – Filipinas;

8 – Turquia;

9 – Eswatini;

10 – Guatemala.

Violações de direitos

Entre as violações no Brasil, a CSI reportou o corte de salários dos dirigentes sindicais que trabalham no banco Santander; a declaração de ilegalidade da greve dos metalúrgicos da General Motors, em São Bernardo do Campo; a redução de benefícios e cortes de postos de trabalho da Nestlé, entre outros.

“Os trabalhadores são os primeiros a sofrer as consequências de guerras, governos autoritários, empregadores exploradores e inação sobre o clima. Seus interesses devem ser colocados em primeiro lugar nas decisões para enfrentar essas crises, e eles devem ter voz na tomada de decisões por meio de seus sindicatos”, diz o relatório.

Os dados do Índice Global de Direitos destacam ataques ao direito de greve e ao direito de formar e filiar-se a um sindicato, bem como o registro de sindicatos; prisões e detenções arbitrárias; e restrições ao acesso à justiça.

“Sem sindicatos não será possível realizar uma transição justa para mudanças climáticas e mudanças tecnológicas. [….] Para recuperar a confiança perdida por causa de governos repressivos e empresas abusivas será necessário um Novo Contrato Social com empregos, direitos, proteção social, salários justos, igualdade e inclusão.”, diz trecho do estudo.

Clique aqui para conferir o estudo na íntegra.

Com informações de Brasil de Fato

Últimas Notícias