Um acordo extrajudicial firmado entre o Sinergia-MS, Energisa e Light Sul garantiu o pagamento dos salários e das verbas rescisórias aos trabalhadores da empreiteira.
A Light Sul prestava serviço para a Energisa e, em razão do atraso no pagamento de salários e do vale-alimentação, os trabalhadores já haviam realizado uma paralisação no dia 10 de março e iniciado uma greve no dia 18 de março.
“A empresa atrasava esses pagamentos ou quitava só uma parte com frequência nos últimos 6 meses. A gente sempre conversava com os responsáveis pela Light Sul, mas a situação se repetia. Então, nós pedimos para a Energisa rescindir o contrato com a empresa e buscamos um acordo para que os trabalhadores não fossem prejudicados”, explica o diretor do Sinergia-MS, Francisco Silva.
Durante as negociações com a Energisa e com a Light Sul, o jurídico do Sinergia-MS conseguiu construir um acordo favorável para a categoria. De acordo com a advogada trabalhista, Larissa Cantero, que é da assessoria jurídica do sindicato, houve a intervenção do Sinergia-MS antes que a Energisa realizasse os pagamentos contratuais para a Light Sul.
“Como a empreiteira estava em débito com os trabalhadores, negociamos com a Energisa que, ao invés do repasse para a Light Sul, realizou a transferência para o sindicato para que fossem pagas as verbas rescisórias, como a multa de 40% do FGTS, além dos salários atrasados e o seguro desemprego dos funcionários terceirizados”, esclarece Larissa Cantero.
O acordo extrajudicial foi homologado entre o Sinergia-MS, a Energisa e a Light Sul. Os valores foram repassados ao sindicato e, nesta segunda-feira (11), todos os trabalhadores receberam os pagamentos devidos. A concessionária de energia encerrou o contrato com a empreiteira.
“Havia um grande risco deles não receberem porque a empresa sempre informava que não tem dinheiro. Então, esse acordo foi um trabalho muito importante para atender os trabalhadores e a gente conseguiu graças ao empenho dos nossos diretores, do nosso jurídico e do jurídico da Energisa”, avalia Francisco Silva.
A advogada do sindicato ainda lembra que a negociação ocorreu em um momento delicado. “Estamos vivendo uma situação complicada, com a pandemia e os indicadores econômicos negativos. O sindicato interveio para preservar o direito do trabalhador de receber pelo trabalho que ele fez. E esse acordo vai garantir o sustento dessas famílias, que vão ter o seguro desemprego e não vão precisar de auxílio do governo por um tempo”, destaca Larissa Cantero.
Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS