Aumentou a adesão às paralisações contra a “reforma” da Previdência, que serão realizadas na segunda-feira (19) por várias centrais sindicais em todo o país. De acordo com a CUT, após diversas assembleias, mais atos foram marcados pelo país.
Depois de várias tentativas frustradas, a nova proposta do governo, que prevê aumento da idade mínima de concessão da aposentadoria para 62 anos, no caso das mulheres, e 65 anos para os homens, deve ser votada no dia 19, 20 ou 21 de fevereiro na Câmara dos Deputados. A base aliada precisa garantir 308 votos para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287.
“Não votaram até agora porque não têm votos. Os deputados estão com medo de aprovar essa proposta nefasta e não serem reeleitos”, diz o presidente da central, Vagner Freitas.
Segundo Vagner, a campanha “se votar, não volta”, feita sem recursos, que contou apenas com a militância de dirigentes que foram a aeroportos e às bases eleitorais dos deputados, fez mais efeito do que a montanha de dinheiro que o governo distribuiu e que as campanhas milionárias do Temer nas rádios e TVs.
“Temos de aumentar ainda mais a pressão nos deputados. Quem aprovar o fim da aposentadoria pode vestir o pijama, pois pra Brasília não volta. Nunca mais vai ser eleito”, afirma o dirigente.
Independentemente do dia em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocar a proposta em votação, a intenção é parar novamente o Brasil no dia 19. Em São Paulo, várias categorias já realizaram assembleias e decidiram cruzar os braços, entre elas, motoristas de ônibus e professores das redes estaduais e municipais. Outras categorias que já haviam fechado posição pela greve, caso a reforma entrasse em votação, como metroviários e bancários, vão realizar assembleias para ratificar a decisão.
Fonte: Rede Brasil Atual