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Dia do Leiturista: Profissionais exercem função essencial para o setor elétrico

Persistência, coragem e paciência são características essenciais para exercer a função de leiturista. Só quem está nas ruas sabe das inúmeras habilidades que precisa desenvolver para realizar a leitura dos medidores de energia elétrica.

A tarefa pode parecer simples, mas a imprevisibilidade do cotidiano trata de colocar desafios e também alegrias na vida de quem é leiturista. Esse profissional caminha em média 20 km por dia, enfrenta sol, chuva, frio, cachorro bravo e outras situações inusitadas e perigosas.

Neste dia 20 de julho, o Sinergia-MS presta uma homenagem a todos os leituristas que atuam em Mato Grosso do Sul. “Os leituristas são essenciais para o setor elétrico, estão na casa dos consumidores todos os dias, se arriscam e enfrentam situações adversas. Vamos sempre dar voz a esses profissionais para que sejam respeitados e valorizados”, destaca o presidente do sindicato, Francisco Ferreira.

Vida de leiturista

“Pode entrar, ele não morde”, todo leiturista já ouviu essa frase e a história na maioria das vezes não termina bem. Para evitar lesões aos trabalhadores, atualmente, quando o profissional precisa entrar numa residência para realizar a leitura, prender o cachorro é um procedimento de segurança obrigatório. Além disso, os trabalhadores usam equipamentos de proteção individual, como perneira e botina com palmilha anti-furo.

Mesmo assim, Lucas Alves passou por uma situação arriscada. “A cliente prendeu o cachorro dentro da casa, eu entrei, enquanto fazia a leitura do medidor, o filho abriu a porta e o pit bull veio na minha direção, coloquei o pé na frente e ele não me mordeu. Mas o susto foi grande”, lembra o leiturista que trabalha na Engelmig. 

Também há risco nas ruas porque muitos animais são abandonados ou ficam soltos e alguns atacam os leituristas. Lucas relata que trabalhar na rua é estar sempre atento para identificar qualquer situação de perigo.

“Mesmo quando as rotas são as mesmas, a gente nunca sabe o que vai acontecer. Precisamos observar o que está ao nosso redor, ter atenção, e ao mesmo tempo ter concentração e foco na hora da leitura para que o trabalho seja feito de forma correta”, comenta.

Chegar ao medidor nem sempre é fácil. O leiturista da Bureau Veritas, José Ademar, explica que na região central, por exemplo, alguns medidores das lojas comerciais são internos. “Tem gente que coloca manequim, produtos que estão à venda, armário, geladeira na frente do medidor. Temos que acionar um funcionário para retirar e aí conseguimos fazer a leitura”, conta.

Na hora da leitura, seja na região central ou nos bairros, há casos ainda de medidores de acrílico que ficam amarelados e de reflexo do sol que dificultam o trabalho do leiturista.

Mesmo com os desafios, José Ademar ressalta que há uma grande preocupação com o cliente, principalmente, os mais idosos que ainda não tem acesso à tecnologia e precisam da conta impressa. “Na BV, focamos muito nisso, do cuidado para entregar essa fatura para o cliente, envelopar nos casos que não tem caixa de correio e dar a devida atenção. Nosso objetivo é fazer um trabalho com excelência”, destaca.

O leiturista já trabalhou na capital e no interior do Estado e tem boas histórias para contar. “Quando a gente fica em uma rota por dois ou três meses seguidos, tem o carisma da população, principalmente nas cidades menores. Já teve casos que a pessoa me viu, correu na padaria, na lanchonete ou dentro de casa e quando cheguei para fazer a leitura, a pessoa estava me esperando com um copo de café e um pão com manteiga”, lembra.

Muito além da leitura

Rodrigo Arce, da Bureau Veritas, visita 450 residências por dia em média, na cidade de Maracaju, e lembra que o leiturista é o único profissional do setor elétrico que chega até a casa de todos os clientes.

“Nós somos a empresa na casa do consumidor. O leiturista está em contato com o cliente todos os dias e recebe as reivindicações. Antes de ligar no 0800, a pessoa tira dúvida com o leiturista. […] Procuro sempre dar uma resposta para os clientes. Sou eletricista também, então, tento esclarecer, orientar, estudo, busco informação com outros colegas”, destaca.

Com 14 anos de profissão, Rodrigo acredita que o papel do leiturista vai além do registro de consumo e impressão de fatura.

“Acredito que o nosso papel é contribuir para melhorias no setor elétrico. A nossa participação tem que ser maior e precisamos ter mais conhecimento sobre o setor e sobre a empresa. […] Podemos fornecer informações para a população sobre a tarifa social, por exemplo, e para a empresa, sobre endereços desatualizados, melhorias na rota. Estamos na ponta do setor elétrico e podemos contribuir muito para melhorar o serviço prestado”, relata o leiturista.

Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS

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