Neste ano de 2020, sete diretores saíram da diretoria do Sinergia-MS depois que fizeram acordo com a Energisa-MS e se desligaram da empresa. Com isso, o sindicato realizou remanejamentos entre os seus atuais diretores.
“Fizemos um remanejamento entre os membros da diretoria, suplentes e diretores de base para que aquelas funções que tinham vulnerabilidade, sem estabilidade garantida em acordo, ficassem com os nomes de diretores que já têm a estabilidade. Assim, em mobilizações ou ações, as empresas não podem ameaçar o sindicato com demissões desses dirigentes sindicais”, comenta o presidente do Sinergia, Élvio Vargas.
Para terminar a composição da diretoria, dois novos dirigentes sindicais entraram no sindicato: Elinei Campos e Isaque Machado da Cruz. “Elencamos as áreas de plantão e comercial como as que são carentes de representatividade depois da saída dos antigos diretores. Além disso, procuramos entre os trabalhadores, quem tinha interesse e perfil para ser dirigente sindical, e se destacaram a Elinei e o Isaque”, destaca Elvio.
Elinei Campos trabalha há 10 anos na Energisa/MS na área de Supervisão de Gestão Estratégica Administrativa. Para ela, o maior objetivo é poder somar junto aos demais dirigentes sindicais, para assim construir propostas que garantam avanços e impeçam retrocessos aos direitos dos trabalhadores.
“Quero poder contribuir para orientar os meus colegas, buscar respostas às dúvidas da categoria, multiplicando as informações e conhecimento dentro da linha do que é direito e deveres. Podendo ser una canal entre as partes, já que as instituições dialogam para chegar a acordos tanto sobre aspectos econômicos – salários, gratificações, horas extras – quanto sociais, como jornada de trabalho, saúde e segurança, intervalos, entre outros”, ressalta.
Isaque Machado da Cruz é eletricista há mais de 4 anos na Energisa e tem 16 anos de atuação na área. Ele conta que decidiu entrar no movimento sindical para dar ainda mais espaço para voz do eletricista.
“O eletricista está sempre a disposição, 24 horas por dia, feriado, madrugada, sol, chuva. Mas se for pegar toda a empresa, nós somos o que mais trabalhamos e o que menos ganhamos. E nós ainda sofremos o assédio de fazer a hora extra e quando vai receber o chefe fala que você vai compensar. Então, você trabalhou muito, você vai receber pouco, e vão te dar uma folga num dia em que você não pode ou precisa. Então, essa é a minha luta maior, é a minha proposta como diretor do Sinergia”, destaca Isaque.
Para Isaque, o eletricista precisa ser reconhecido, respeitado e melhor remunerado pelo serviço que presta. “Se hoje a empresa tem o que tem e está onde está, é porque hoje o eletricista está no campo […] A minha briga hoje é que o eletricista seja mais respeitado e que o eletricista do plantão seja melhor remunerado”.