Filiado a

Pesquisar
Close this search box.

Em audiência, Sinergia-MS cobra explicações sobre sonegadores da Previdência

Na noite dessa segunda-feira (03), foi realizada uma audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande para discutir a Reforma da Previdência. Em regra, todos os presentes se posicionaram contra a proposta.

“A PEC 287 está sendo votada em tempo recorde. Nunca se viu uma PEC que afetará tantos cidadãos. Mais de 100 milhões serão prejudicados por ela. Temos que levar à todos as informações sobre essa proposta, que não traduz o anseio da população. Se a população tiver conhecimento dos efeitos dessa PEC, ela vai para a rua”, alertou o vereador André Salineiro, presidente da Comissão Permanente de Legislação Participativa da Câmara Municipal

Para o vice-presidente do Sinergia-MS e coordenador do Comitê Estadual contra a Reforma da Previdência, Elvio Vargas, o governo federal precisa dar explicações sobre os sonegadores previdenciários, como frigoríficos e bancos, que devem bilhões de reais aos cofres públicos. “O senador Paulo Paim conseguiu assinatura suficiente para a abertura de uma CPI, que vai investigar a situação financeira da Previdência Social. Pedimos que os deputados segurem a PEC e esperem a CPI, para que possamos abrir a caixa preta da Previdência e ver a real situação financeira”, comentou Elvio.

O vice-presidente do Sinergia-MS também lembrou que a Reforma da Previdência vai acabar com a aposentadoria especial, tão importante para diversas categorias, como os eletricistas. Ele falou ainda que a PEC fere os direitos das mulheres, que comprovadamente têm dupla jornada de trabalho, ganham menos e têm mais dificuldade para conseguir um emprego: “Em reunião com o deputado Carlos Marun, especificamos todas essas situações vividas pelas trabalhadoras, mas ele disse que não vai mexer nisso, com a desculpa de que as mulheres têm uma expectativa de vida maior. Isso é um absurdo e por isso, não podemos deixar que aprovem essa Reforma”. Elvio ainda convocou todos os presentes para a greve geral no dia 28 de abril, que além da PEC 287, é contra outros diversos ataques a classe trabalhadora, como a Reforma Trabalhista e Terceirização (já sancionada pelo presidente Michel Temer).

O presidente da Fetems, Roberto Magno Botarelli, também cobrou explicação sobre os sonegadores da Previdência: “Existe uma sonegação por parte das empresas, sonegando o que deve a Previdência, e nada é feito. O mais estranho: a JBS é uma das empresas que mais recebe financiamento do BNDES. Não consigo entender como a JBS, que deve mais de R$ 1,8 bi, continua recebendo crédito”, criticou.

Caso a PEC 287 seja aprovada, a idade mínima para aposentadoria será de 65 anos para homens e mulheres. Mas para se aposentar com valor do benefício integral, o trabalhador terá de contribuir, no mínimo, por 49 anos – assim, para se aposentar com 65 anos, é preciso pagar INSS desde os 16 anos de idade.

Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS (Com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara)

Audiência sobre Reforma da Previdência na Câmara Municipal de Campo Grande

Últimas Notícias