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Energisa insiste em reposição da inflação e sindicato apresenta contraproposta de acordo de dois anos

Em mais uma rodada de negociação da Campanha Salarial 2018/2019, o Sinergia-MS reforçou a necessidade de manutenção dos direitos e aumento real para os eletricitários. A reunião entre os dirigentes sindicais e a empresa aconteceu nesta sexta-feira (14).

Em relação ao salário, a Energisa-MS insiste em conceder apenas a reposição da inflação para os trabalhadores, com a alegação de que não há previsão orçamentária para o aumento salarial.

Diante do impasse, o sindicato apresentou uma contraproposta que prevê aumento real de 5,19% no ticket alimentação (que é a inflação para alimentação fora do domicílio calculada pelo IBGE para Campo Grande) e 1,5% de ganho real no salário no ano que vem, com a manutenção de todos os direitos já previstos no Acordo Coletivo anterior.

“Seria um acordo de dois anos porque aí a empresa não pode alegar falta de previsão no orçamento. E, hoje, a alimentação é o que mais pesa no bolso do trabalhador. A empresa ficou de analisar essa proposta. Se houver algum sinal positivo, vamos levar para categoria avaliar”, explica o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

A previsão é que uma nova reunião seja realizada na semana que vem. O sindicato ainda não descarta a possibilidade de uma greve da categoria.

Sobreaviso

Entre os itens do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 debatidos está o pagamento do sobreaviso. Hoje, a Energisa-MS paga o valor integral apenas das horas de sobreaviso dos finais de semana e feriado. O Sinergia-MS já tem inclusive ações judiciais reivindicando a correção do pagamento dessas horas. Mas a empresa quer um acordo e apresentou uma proposta para melhorar o pagamento do sobreaviso durante a semana, aumentando o valor de 50% para 67% da hora extra quando o trabalhador for acionado.

“Esse é um assunto que precisamos debater com a categoria. Temos que levar ao conhecimento do trabalhador para tomar alguma decisão. Estamos dispostos a ouvir e a fazer uma negociação, mas isso tem que ser feito com a participação dos eletricitários, ouvindo a categoria”, esclareceu o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

Demandas da categoria

Na oportunidade, o sindicato questionou a empresa sobre demissões que estão ocorrendo por motivos de segurança, sem que o eletricitário seja ouvido. “Sabemos que existe a preocupação com os procedimentos de segurança e isso deve ser cobrado, até pelas mortes que vem ocorrendo na empresa, mas o trabalhador precisa ter a chance de explicar o que aconteceu, antes da demissão, até para que o problema seja, de fato, resolvido e a segurança melhore”, ponderou Elvio.

Outra questão cobrada pelos dirigentes sindicais é o pagamento das horas extras de novembro. De acordo com o presidente do sindicato, a concessionária de energia informou que os valores serão repassados apenas em janeiro e fevereiro aos trabalhadores, alegando que se o pagamento for feito agora em dezembro os índices da PLR serão prejudicados. “Nós questionamos isso porque estamos numa época de final de ano e o trabalhador está contando com esse dinheiro”, cobrou o presidente do sindicato.

Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia

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