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Energisa/MS perde liderança na GPTW Centro-Oeste e fica fora do primeiro lugar no ranking 2024

“Nos sentimos coagidos. Disseram que as coisas vão piorar”. Essa situação é real e foi vivida e relatada por um colega da base, mas o Sinergia vai manter o anonimato para que ele não perca seu emprego e nem seja prejudicado na empresa, afinal, é assim que a Energisa lida com quem diz a verdade sobre ela. 

Essa ameaça disfarçada de “aviso” foi dita por um gestor da Energisa depois que o resultado da GPTW 2024 foi divulgado. Este ano, ela perdeu a liderança e ficou em terceiro lugar no ranking de melhores empresas para se trabalhar no Centro-Oeste. 

A queda de posição em uma pesquisa como essa, de tanta importância para a Energisa, é uma resposta clara da categoria que está cansada de ser assediada moralmente e psicologicamente, sem ter nenhum reconhecimento pelo trabalho bem feito que executam no Mato Grosso do Sul. 

No comunicado oficial disparado aos trabalhadores, a Energisa atribuiu o resultado às pessoas, que “contribuem dia a dia para um clima organizacional incrível”, mas na prática, o que acontece é o que foi contado pelo colega: pressão, cobrança, ameaça e um ambiente muito diferente do incrível. 

Pesquisa interativa do Sinergia-MS 

Em fevereiro, logo depois que a Energisa abriu a Pesquisa de Clima GPTW para os trabalhadores, o Sinergia-MS deu início a uma interação nas redes sociais e fez uma série de perguntas para tentar entender se as boas avaliações que ela recebia – e que a fez conquistar o 1º lugar na GPTW 2023 – condiziam, de fato, com a realidade nos ambientes de trabalho. 

O que descobrimos foi totalmente o oposto do que a empresa divulga. Grande parte dos participantes respondeu que conhecia alguém que adoeceu mentalmente devido à pressão dos gestores; que já precisaram de afastar por estresse, depressão ou burnout e que consideravam o ambiente da Energisa tóxico e abusivo. 

Apesar de ter um caráter totalmente interativo, esse feedback foi um sinal, e um incentivo do Sinergia, para que a categoria falasse a verdade na pesquisa oficial da empresa, afinal, quem paga um preço alto por a Energisa ser uma instituição “para inglês ver” são os próprios trabalhadores. Os acionistas, por sua vez, lucram muito com essa desvalorização dos eletricitários. 

O Sinergia-MS avalia positivamente esse declínio de posição na GPTW, mas reforça que este é apenas um dos obstáculos vencidos. A luta do sindicato está cada vez mais intensa para acabar com essa cultura do assédio moral, da pressão psicológica, da indução ao erro e infelizmente, da fatalidade, que a Energisa cultiva.

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