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Fundo do FGTS injeta R$ 600 mi no Grupo Rede, da Enersul

Notícia publicada originalmente no site Campo Grande News pelo jornalista João Humberto

O FI-FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) vai injetar R$ 600 milhões EEVP (Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A.), controladora da Rede Energia S.A, companhia de capital aberto e que é holding controladora de várias empresas de distribuição, geração e comercialização como a Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul).

Conforme informações do Valor Econômico, o fundo ficará com 35% do capital social da EEVP, segundo comunicado enviado nesta semana à CVM (Comissão de Valores Imobiliários).

Atualmente, o grupo Rede Energia detém a maior área geográfica de concessões do Brasil, cobrindo, aproximadamente, 34% do território nacional e uma população de aproximadamente 16 milhões de pessoas. Serve cerca de 4,2 milhões de consumidores, em 578 municípios de sete estados no país.

No ano passado, teve receita bruta de R$ 7,58 bilhões, com resultado operacional de R$ 1,18 bilhão e lucro líquido de apenas R$ 20 milhões. No fim do ano, a dívida financeira líquida da companhia alcançava R$ 4,6 bilhões.

De acordo com o comunicado, os recursos a serem integralizados pelo FI-FGTS serão destinados a investimentos em serviços de infraestrutura das controladas de distribuição Celpa (Centrais Elétricas do Pará) e da Enersul.

Além da aplicação nas áreas das duas concessionárias – as maiores do grupo -, o aporte do fundo, segundo informa o Valor Econômico, vai também possibilitar “melhoria de sua estrutura de capital e aprimoramento dos padrões de governança corporativa”.

Para o presidente do Sinergia/MS (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia no Estado de Mato Grosso do Sul), Élvio Marcos Vargas, o grupo Rede enfrenta uma situação difícil, pois está endividado. Os R$ 600 milhões, na opinião do sindicalista configuram como empréstimo e caso não tenha condições de ressarcir o FI-FGTS, deverá entregar um pequeno percentual da empresa à CEF (Caixa Econômica Federal).

No entanto, a assessoria de imprensa da Enersul explicou que o montante configura apenas como investimento para a utilização em projetos, visando assim garantir a estabilidade da empresa. Segundo o órgão, é descartada a hipótese de a Enersul ter que entregar parte do patrimônio para que esse empréstimo seja quitado.

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