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Governo discute medidas para o setor elétrico e descarta racionamento

Será feito um balanço da situação atual e apresentadas propostas, como a de novos leilões de energia e o acionamento de mais usinas térmicas.

O governo vai discutir nesta quarta-feira (9), em uma reunião com o setor elétrico, medidas para compensar o baixo nível dos reservatórios. A presidente Dilma cobrou explicações dos auxiliares na terça (8) à noite, assim que desembarcou em Brasília, depois das férias.

Ela esteve em uma reunião com o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia. Ele saiu do encontro insistindo que não vai faltar energia e que vai ter sim a redução na conta de luz, de 20%, como prometeu a presidente.

Um aceno para os turistas assim que chegou em casa. A presidente Dilma Rousseff voltou das férias, na Bahia, antes do previsto. E convocou, na terça-feira (8) mesmo, o secretário do Ministério de Minas e Energia, que deixou o Palácio da Alvorada à noite.

Mais uma vez o governo descartou um racionamento de energia. “Não existe. Não tem esta hipótese. Nós temos geração suficiente para atender o mercado e que ao contrário que tem saído muito, tem muitas pessoas falando em riscos. Na verdade, tudo que está ocorrendo está dentro das situações para que esse sistema foi planejado”, disse Márcio Zimmermann.

No Ministério de Minas e Energia estarão logo mais todos os responsáveis pelo sistema elétrico. Será feito um balanço da situação atual e apresentadas propostas, como a de novos leilões de energia e o acionamento de mais usinas térmicas. A de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, parada desde 2009, vai entrar em funcionamento.

Em todo o Brasil, o nível dos reservatórios é o mais baixo dos últimos dez anos. Sem chuva, sem usina hidrelétrica. Por isso, desde novembro as usinas térmicas estão sendo usadas. Elas estão gerando 13 mil megawatts de energia. No mesmo período do ano passado, eram 3 mil.

Como a energia gerada pelas usinas térmicas é mais cara, o governo chegou a prever um possível aumento de 1% nas contas de luz. Mas garantiu que está mantido o desconto médio de 20% na fatura de energia a partir de fevereiro.

“Isso vai ser mantido. Ao final do ano vai se apurar se houve a necessidade ou não de um pequeno reajuste por conta das térmicas, que hoje estão funcionando. Mas pode haver um ligeiro aumento ou um novo decréssimo”, afirma o ministro Edison Lobão.

Para o especialista, a grande discussão do governo nesse momento tem que ser sobre a infraestrutura do sistema. “O que, na verdade, está faltando é mais capacidade instalada de usinas de melhor qualidade para situação em que nos encontramos. Infelizmente, neste momento é preciso rezar para que chova mais”, afirmou.

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