O Sinergia-MS garantiu a reposição salarial em quase 80% das negociações realizadas durante o ano de 2022. O índice representa uma vitória significativa para a categoria que, assim como outros trabalhadores, enfrentou ataques aos seus direitos nos últimos anos.
As negociações são realizadas a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias, indicando assim o aumento do custo de vida da população.
Do total de 13 negociações realizadas pelo Sinergia-MS no ano passado, três resultaram em reajustes acima do INPC e sete (Energisa, MS Gás, State Grid, Eletrosul e três prestadoras da Energisa) garantiram a reposição do INPC.
Os dados revelam que 76,9% das negociações salariais foram favoráveis ao trabalhador. Apenas três negociações (uma geradora e duas prestadoras da Energisa) resultaram em índices abaixo da inflação.
“Isso mostra a importância de uma atuação séria e responsável do sindicato. Mesmo em um cenário tão adverso como vivemos nos últimos anos, conseguimos manter nossos direitos e lutar por reajustes. Nem sempre somos atendidos em todas as reivindicações, mas só conseguiremos avançar se os trabalhadores permanecerem unidos junto ao sindicato”, explica o presidente do Sinergia-MS, Francisco Ferreira.
Nacional
No cenário nacional, a maioria dos trabalhadores não conseguiu recuperar o poder de compra. Em 2022, apenas 24,3% dos reajustes salariais foram acima da inflação no Brasil. 36,2% foram iguais ao INPC e a maioria, 39,5%, foi inferior.
A região Centro-Oeste registrou índices ainda mais negativos para o trabalhador, com o pior desempenho do país. Foram 65,6% das negociações salariais abaixo da inflação, 21,5% igual ao INPC e 12,9% acima da inflação.
Os dados são preliminares e foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Clique aqui e confira a íntegra do relatório “De Olho nas Negociações”.