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No Dia Nacional de Luta, eletricitários protestam contra a privatização da Eletrosul

Nesta sexta-feira (10), diretores do Sinergia participaram dos protestos do Dia Nacional de Paralisação e Luta contra a reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado (11). Os eletricitários se uniram a outras categorias em manifestações que ocorreram na UFMS, na Caixa Econômica Federal e na Eletrosul, subsidiária da Eletrobras. Durante os protestos, foi feita a coleta de assinaturas para Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP), que revoga a nova lei trabalhista. 

O objetivo é alertar e chamar atenção da população sobre os impactos da reforma e os perigos da privatização das empresas públicas, como a Eletrobras, que é responsável pelo controle de grandes hidrelétricas no Brasil, como a usina hidrelétrica de Itaipu. Em todo o país, mais de 20 mil funcionários lutam contra a privatização, que pode acarretar demissões em massa.

A diretora do Sinergia, Luciany do Espírito Santo, que é funcionária da Eletrosul, destaca ainda que, assim como no setor elétrico, a venda da empresa vai precarizar o serviço e o próprio trabalhador. O projeto de lei de privatização da Eletrobras deve ser encaminhado ao Congresso na próxima semana, em regime de urgência.

“A proposta do governo é vender uma empresa que tem mais de 70 usinas termoelétricas e hidroelétricas por 20 bilhões, sendo que já temos estudos que provam que nossa empresa vale 500 bilhões. Não dá para a gente vender uma empresa do porte da Eletrobrás por um preço que vai ser pra pagar dois meses de dívidas públicas”.

De acordo com a diretora do Sinergia, a privatização vai gerar muitos danos para à população. “A Eletrobras, às vezes, é deficitária porque o governo subsidia o valor da energia para que a empresa possa fornecer a energia num valor menor. O aumento da energia vai ser em torno de 35% a 40% caso a privatização seja mesmo realizada”.

O coordenador do Comitê Estadual contra as Reformas e diretor do Sinergia-MS, Elvio Vargas, ressalta ainda que a empresa atua em um setor estratégico. “A maioria das empresas de saneamento no Brasil está sendo vendida para multinacionais de fora e que possuem interesses estratégicos na água, que tem relação com a geração de energia também. Só que a maioria dos países protege essas empresas que geram energia elétrica, porque é um negócio estratégico para a soberania e o desenvolvimento do próprio país”, pontuou.

Enterro CLT

Para encerrar o Dia Nacional de Paralisação e Luta contra a reforma trabalhista, as entidades sindicais se reuniram em um ato na Rua 14 de julho com a Avenida Afonso Pena. Com faixas e bandeiras, os manifestantes fizeram uma passeata pelas ruas do centro da capital até a Superintendência Regional do Trabalho, onde foi realizado o enterro simbólico da CLT representando a retirada de direitos dos trabalhadores.

Os dirigentes sindicais mais uma vez ressaltaram a importância da participação e resistência dos trabalhadores. “Temos um balanço positivo tanto do ato no centro quanto aqui no Ministério do Trabalho. É importante destacar a presença dos trabalhadores do judiciário federal, que estão em plenária nacional e vieram participar do nosso movimento. Tem gente do país todo, inclusive com representantes do Uruguai e da Argentina. E nós vamos continuar resistindo e lutando para que essa reforma seja revogada”, destacou Elvio.

Por: Assessoria de Comunicação Sinergia-MS

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