Com a criação oficial do estado do Mato Grosso do Sul, em 1979, o movimento trabalhista da região se apressou em montar arcabouço próprio. Os sindicatos com caraterísticas estaduais e as federações trataram de se instalar no novo estado.

Os trabalhadores e as trabalhadoras da Enersul, inicialmente não se mobilizaram para criar sua entidade sindical. Ao longo do ano de 1980, eles foram representados pelo Sindicato dos Eletricitários de Mato Grosso. Essa opção, diferente das outras entidades sindicais do novo estado.

Um episódio com dois ex-trabalhadores da Enersul mudou o rumo da história. Eduardo Peres e Benjamin Correia receberam indicações de que algumas pessoas seriam demitidas da empresa, e estar à direção de uma entidade sindical, por conta da Legislação Trabalhista, era a garantia da estabilidade no emprego que ambos desejavam. Nasceu, então, a Associação das Indústrias Urbanas de Mato Grosso do Sul, que um ano depois converteu-se para o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia no Estado de Mato Grosso do Sul (STICE).

Em janeiro de 1995, o Boletim do Sindicato publicou um duro artigo com críticas contra a nova diretoria que assumiu a Enersul, liderada pelo ex-deputado Federal Valter Pereira, um dos próceres do PMDB do estado. Poucos dias depois, circulou novo Boletim dos Eletricitários com cara nova e nome novo porque a entidade passou a se chamar Sinergia, primeiro nome do sindicato escolhido ainda em 1982, por Eduardo Peres.