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Oficina de planejamento do Sinergia-MS aborda desafios da Campanha Salarial da Energisa-MS

Nesta terça-feira, dia 12, o Sinergia-MS iniciou a oficina de planejamento para discutir estratégias e desafios na preparação da Campanha Salarial 2023/2024 da Energisa MS. O encontro reúne dirigentes sindicais da capital e do interior do Estado, no Hotel Vale Verde, em Campo Grande. A atividade se estende até quarta-feira (13).

Os trabalhos e os debates estão sendo coordenados pelo educador popular, Emílio Gennari, responsável pelo planejamento estratégico, que abordou, neste primeiro dia, os elementos que influem no desempenho de uma campanha salarial e os desafios atuais do sindicalismo e dos dirigentes sindicais. 

O educador popular ainda destacou a automação no setor elétrico. “O atual estágio de desenvolvimento de automação e da inteligência artificial ainda precisa do trabalho humano, o único capaz de construir soluções para problemas desconhecidos, muitas vezes criados pelos próprios mecanismos de automatização, e pelas deficiências dos processos de aprendizado que servem de base às suas operações. A automação pode aumentar a eficiência, mas também pode resultar em perda de empregos e em mudanças significativas nas dinâmicas de trabalho. O sindicato precisa estar preparado para enfrentar esses desafios”, afirmou.

Conjuntura

A economista Andreia Ferreira, que é supervisora técnica do Dieese, apresentou uma análise da conjuntura e dos dados financeiros do grupo Energisa e da subsidiária Energisa MS e os impactos que influenciam os resultados da pesquisa.

“Apesar de todos os contratempos, a exemplo de fenômenos naturais como o El Niño e o recente apagão que atingiu todo o Brasil, a Energisa tem um desempenho financeiro muito bom. Nós temos observado com atenção a capacidade de geração de receita, por sua vez, a geração de lucro, que acaba impactando na vida dos trabalhadores, por conta, especialmente, da PLR”, disse.  O lucro da companhia, no segundo trimestre de 2023, somou R$ 137,2 milhões ante R$ 143,0 milhões de 2022 e R$ 138,8 milhões registrados no mesmo período de 2021.

A economista abordou ainda outros aspectos, incluindo o mercado de energia, gestão de inadimplência e arrecadação, reajuste tarifário e revisão tarifária e distribuição dos reajustes salariais de 2023. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, 76,5% dos reajustes foram acima do INPC. No caso específico dos urbanitários, 53,8% dos aumentos foram acima da inflação e 30,8% igual ao INPC. 

“Acompanhamos os reajustes de outras categorias, porque servem como um reflexo, um farol para indicar se estamos realmente num bom ambiente. Porque há várias categorias conquistando esses reajustes com ganho real, por mínimo que seja. Além disso, é importante estudar a conjuntura econômica e os dados econômicos da empresa, porque são informações fundamentais para negociação da campanha salarial e de PLR. Se temos o conhecimento de que a empresa está gozando de boa situação financeira, é justamente por conta do trabalho eficiente dedicado aos trabalhadores e, nada mais justo, que na negociação, o sindicato reivindique uma valorização desse trabalho manifestada nos salários”, ressaltou Andreia. 

Para encerrar as atividades do primeiro dia, os diretores do Sinergia-MS realizaram debates sobre a estratégia de apresentação da campanha salarial deste ano, os anseios,  as expectativas e os temores da categoria, os  principais objetivos da pauta de reivindicações além da disposição de mobilização dos eletricitários e das eletricitárias.

Os debates seguem nesta quarta (13), com a definição das bandeiras e do mote da Campanha Salarial 2023/2024 da Energisa/MS, bem como o cronograma. 

Por: Comunicação do Sinergia-MS
Fotos: Martins e Santos Comunicação

Sinergia realiza oficina preparatória para campanha salarial

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