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Rede Energia alega agravamento da crise e apela para recuperação judicial

Medida abrange a holding e outras quatro empresas do grupo: CTCE, QMRA Participações, EEVP e Denerge
Por Maria Domingues

A Rede Energia informou na noite da última sexta-feira (23/11) ter ajuizado pedido de recuperação judicial junto à Comarca de São Paulo. De acordo com o comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a decisão “mostrou-se inevitável diante do agravamento da situação da crise econômico-financeira” e, além da holding, abrange também a 

Companhia Técnica de Comercialização de Energia (CTCE), QMRA Participações, Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema (EEVP) e Denerge Desenvolvimento Energético.

A medida, portanto, estende-se a quatro das oito empresas do grupo que encontravam-se em processo de intervenção desde o final de agosto. O objetivo, diz o comunicado, é “proteger o valor dos ativos dessas sociedades, atender de forma organizada e racional aos interesses da coletividade de seus credores, na medida dos recursos disponíveis e, principalmente, manter a continuidade de suas atividades, em especial no que se refere à gestão pela Companhia de participações majoritárias em diversas concessionárias de distribuição de energia elétrica, ora sob intervenção governamental por força da Medida Provisória n.º 577/12”, disse.

A primeira empresa da holding a pedir recuperação judicial foi a Celpa, distribuidora do Pará, no final de fevereiro. Em setembro, a companhia foi comprada pela Equatorial Energia, pelo valor simbólico de R$1. A nova controladora assumirá todas as dívidas da distribuidora.

A própria Equatorial, em parceria com a CPFL, já oficializou interesse em assumir o controle da holding e teriam, inclusive, preferência para efetuar a aquisição. Copel e Energisa, também em dupla, comunicaram que também têm interesse no negócio.

Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o desligamento da CTCE do quadro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CTCE). Em julho deste ano, a exposição negativa da empresa era de R$ 35 milhões.

A Rede Energia informou que manterá o mercado informado dos próximos passos relativos ao processamento do pedido de recuperação judicial.

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