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Servidores realizam ato contra possível privatização da MSGÁS

Nesta sexta-feira, dia 11 de agosto, os trabalhadores da Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGÁS) promoveram um ato contra a privatização da empresa estatal. Cerca de 60 servidores se concentraram na entrada da sede da concessionária, em Campo Grande, no mesmo horário em que estava marcada a abertura das propostas da licitação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para contratação de serviços relativos à estruturação e implementação da desestatização da companhia.

O protesto foi para mostrar o descontentamento dos servidores com a possibilidade de privatização da empresa pública, já que o estudo técnico pode ser o primeiro passo para que a estatal seja entregue à iniciativa privada.

“Não há razão para a privatização da MSGÁS. Não seria interessante para o governo estadual, principalmente num momento de crise econômica, abrir mão de um ativo estratégico para o desenvolvimento do Estado e de uma empresa lucrativa, que gera recursos para os cofres do governo de Mato Grosso do Sul”, afirmou Tiago Andreotti e Silva, membro da comissão que representa os servidores da MSGÁS.

Com a privatização, o Governo do Estado pode abrir mão de uma empresa que atua em um setor estratégico e lucrativo. A MSGÁS apresentou nos últimos dois anos um aumento do lucro líquido de 154%. Conforme relatório anual, o lucro líquido da Companhia foi de R$ 12,9 milhões em 2016. Foi o 3º melhor resultado da Companhia desde sua criação em 1998.

Para a presidente do Sinergia-MS, Elizete Almeida, com a privatização, todos perdem: sociedade, empregados e a própria empresa. “Quando a Enersul foi privatizada, um mês depois dezenas de funcionários foram demitidos através do PDV, além de aumentar a tarifa de energia elétrica. E isso é o que vai acontecer também com a companhia de gás. Não há benefícios para a sociedade com a privatização”, ressaltou Elizete.

Este foi o primeiro ato realizado pelos servidores da companhia, outros protestos e até mesmo paralisações podem ocorrer no decorrer do ano. A empresa é composta por 67 servidores egressos de três concursos públicos realizados desde a criação da companhia em 1998.

Governo do Estado

Já foram realizadas duas reuniões com representantes do governo do Estado. Uma delas foi no último dia 09 de agosto, com o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel. Participaram do encontro o deputado estadual Pedro Kemp, diretores do Sinergia-MS e a comissão que representa os trabalhadores da companhia.

Na reunião, o governo do Estado não confirmou a desestatização da MSGÁS, porque ainda não é uma questão definida. No entanto, o secretário Eduardo Riedel abriu canal de diálogo para avaliar como vai ficar a situação dos 67 concursados da MSGÁS.

A Companhia

A MSGÁS é um importante patrimônio da sociedade sul-mato-grossense e recurso para o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul. Está presente em setores importantes, como: hospitais, térmicas, indústrias, postos de combustíveis, comércio, residências, entre outros. As expansões de rede realizadas ao longo dos anos, sem aporte financeiro do governo, alavancaram os resultados da empresa com o aumento do número de usuários de gás natural, hoje no total de 5.529. 

À medida que o Gás Natural se apresenta como alternativa energética mais sustentável e econômica, atrai grandes empresas que contribuem para a expansão industrial de Mato Grosso do Sul, gera empregos, incrementa a economia e a arrecadação do Estado (ICMS).

A importância do gás natural na matriz econômica do Estado é visível no processo de expansão industrial, especialmente nos últimos dois anos, com a chegada de grandes conglomerados no Estado, tais como a ADM (maior indústria de proteína texturizada de soja da América Latina), com uma planta industrial em Campo Grande; e as indústrias de celulose, setor que concentra hoje os maiores investimentos realizados no Estado, por conta das ampliações da Fibria – Projeto Horizonte 2 e a futura expansão da Eldorado, ambas operando no município de Três Lagoas.

Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS

Ato contra privatização da MSGÁS

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