Edivaldo Bitencourt
O Sinergia/MS (Sindicato dos Eletricitários de Mato Grosso do Sul) é contra a proposta do Grupo Energisa para adquirir o comando do Grupo Rede, que inclui a Enersul (Empresa Energética de MS). “É ruim para os trabalhadores e para a sociedade”, garante o presidente da entidade, Élvio Marcso Vargas.
Ele explicou que a Energisa quer implantar um sistema que compartilhamento entre as oito empresas do grupo, o que pode desmantelar a empresa sul-mato-grossense. Vargas garante que o mesmo sistema foi adotado pelo Rede, que acabou desviando R$ 82 milhões da Enersul para outras empresas do grupo.
Além disso, o sindicato é contra a terceirização no atendimento da Enersul. Atualmente, a concessionária de energia, responsável pelo atendimento de 74 dos 79 municípios, conta com aproximadamente 1,1 mil funcionários diretos.
“Não pode administrar o grupo todo como uma empresa, já que cada uma tem suas características e áreas de atuação”, explicou Élvio Vargas. Ele disse que a Enersul, superavitária, não pode ser incluída numa gestão de um grupo com uma dívida de R$ 6 bilhões.
“Somos contra a proposta da Energisa, essa proposta é incedente”, argumentou o dirigente. O Sinergia/MS vai encaminhar posição contrária na consulta pública realizada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que começou na quarta-feira e termina na sexta-feira (29).
Se a venda do grupo fracassar, a Enersul pode ir a leilão individual. Neste caso, seriam oito certames, um para cada empresa do Grupo Rede, que está em recuperação judicial e sob intervenção da agência