Sinergia-MS organiza paralisação em protesto ao sobreaviso obrigatório no Natal e Ano Novo

O chamado obrigatório da Energisa/MS nas festas de fim de ano gerou revolta entre os trabalhadores e o Sinergia-MS, em protesto a atitude desrespeitosa com a categoria, promoveu uma paralisação na manhã desta quinta-feira (26) em Campo Grande e Dourados. Na Capital, os portões da sede da empresa ficaram fechados por 1h30 e uma grande fila de veículos se formou na Av. Gury Marques. 

A notícia do sobreaviso chegou de surpresa para os eletricitários. Além de terem suas folgas canceladas, também foram escalados de forma arbitrária a cumprirem um sobreaviso não programado e não remunerado durante o Natal e Ano Novo. 

Esse descumprimento da Energisa/MS com um direito previsto inclusive em lei causou grande preocupação para o Sindicato devido ao cansaço a qual os eletricitários estão submetidos. O esgotamento físico e mental são fatores de riscos que levam a acidentes graves na rede elétrica, evidenciando a contradição entre o discurso da Energisa/MS sobre priorizar a segurança no trabalho e o verdadeiro cuidado com a vida dos eletricistas.

A diretora do Sinergia-MS Aliceia Araújo, ressalta que atitudes como essa da Energisa/MS colocam a saúde mental da categoria em total desequilíbrio. “Trabalhadores estão se arrastando, adoecendo, correndo risco de vida devido ao cansaço e à exaustão, e no fim do mês a conta não fecha. Falta salário e sobra conta para pagar. Ficar de sobreaviso a semana toda sem receber é demais para qualquer ser humano”, destacou Aliceia.   

O Sinergia-MS vai seguir acompanhando os desdobramentos na próxima semana. O secretário-geral Elvio Vargas frisou que “se a empresa for arbitrária no Ano Novo, nós vamos mostrar para mostrar para ela que Sindicato e categoria estão juntas nessa luta”. Ele relembrou que o ACT 2024/2025 não será fechado esse ano porque a empresa se recusa a negociar uma proposta decente para a categoria, sem mexer nos direitos já conquistados anteriormente. 

“O movimento de paralisação e greve são legítimos, e se preciso for, a gente vai parar. Aqui existe resistência e temos que mostrar nossa indignação com todos os desrespeitos, mas é só através da luta que vamos conseguir avançar”, finalizou Elvio.

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