Na próxima terça-feira, dia 19 de março, o Sinergia-MS vai realizar um seminário sobre a Reforma da Previdência e os impactos para os eletricitários. O evento começa às 18h, no Clube dos Eletricitários, em Campo Grande. Os eletricitários terão a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre as mudanças na aposentadoria propostas pelo governo de Jair Bolsonaro.
A economista e supervisora técnica do escritório regional do Dieese, Andreia Ferreira, vai ministrar a palestra “Reforma ou fim da previdência?” para abordar aspectos gerais da reforma. O objetivo é apresentar um quadro comparativo entre as regras atuais e as novas regras propostas na reforma e apontar mudanças que prejudicam os trabalhadores, como: o aumento do tempo de contribuição, a determinação de idade mínima para aposentadoria e a desvinculação do salário mínimo como referência para o pagamento de benefícios.
Na palestra “Impactos da Reforma da Previdência ao eletricitário”, com Rosana Silva Pereira Cantero, advogada e pós-graduada em Direito Previdenciário, serão discutidos os pontos específicos que representam a extinção da aposentadoria especial dos eletricitários.
Pelo texto da Reforma da Previdência, a aposentadoria especial será concedida para profissionais “cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedados a caracterização por categoria profissional ou ocupação e enquadramento por periculosidade”, ou seja, a proposta exclui o enquadramento para trabalhadores que se expõem à periculosidade.
A mudança representa o fim da aposentadoria especial para todos os profissionais que recebem, ou deveriam receber, o adicional de periculosidade, a exemplo dos eletricistas, eletricitários, motoristas de cargas perigosas, vigilantes, entre outros.
Após as palestras, serão realizados debates e rodada de perguntas. “Se essa reforma for aprovada, o eletricitário vai ter que trabalhar até os 65 anos, e isso é um absurdo para uma atividade como a nossa. O sindicato está realizando este evento porque o trabalhador precisa buscar informação, entender o que está acontecendo e se mobilizar para barrar essa reforma”, explica o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.
