Expectativa é que usina no deserto de Atacama seja uma das maiores do mundo. 15% da produção deve ir para demanda do grupo de mineração

Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas 

A SunEdison assinou contrato com o grupo chileno de metalurgia e mineração CAP para a construção do que se espera ser a maior usina solar fotovoltaica da América Latina e uma das maiores do mundo. A usina é projetada para ter uma capacidade instalada de 100 MW e ficará localizada no deserto do Atacama, no Chile. A estimativa é que a usina produza cerca de 15% da demanda energética do grupo de mineração. O CAP é o maior grupo minerador do Chile e atua na produção de minério de ferro, aço e processamento de aço.

Segundo Pacho Pérez, gerente geral da SunEdison para a região da América Latina e Norte da Ásia, a empresa está trabalhando para entregar uma solução inovadora projetada para reduzir custos e obter  até 15% do abastecimento de eletricidade a partir de energia limpa. Pérez acrescentou ainda que a iniciativa consolida a posição de liderança da Sun Edison como produtora de energia solar no Chile e em toda a América Latina.

De acordo com Jaime Charles, CEO do grupo CAP, o contrato serve para reafirmar o compromisso da CAP com a inovação e o desenvolvimento sustentável do Chile, usando tecnologia de última geração para alcançar os objetivos de energia renovável estabelecidos pelo Governo chileno. A usina será construída com o uso da tecnologia da SunEdison. Serão instalados mais de 300.000 módulos de silicone monocristalino da Silvantis,  feitos de material não tóxico e não poluente que pode ser reciclado ao fim da sua vida útil.

O projeto será gerenciado pelo Centro de Operações Renováveis da SunEdison. Os serviços de gestão de recursos do centro são estruturados para ajudar os produtores de energia a alcançarem o máximo retorno do investimento através da maximização da eficiência da usina. Até setembro de 2012, a empresa já havia interconectado mais de 850MW de energia solar em todo o mundo.

Durante o primeiro ano de operações, a expectativa é de que a usina possa gerar 270GWh de energia limpa, evitando a emissão de mais de 135.000 toneladas de CO2/ano na atmosfera, o que equivale à retirada de mais de 30.000 automóveis de circulação.