*Por Elvio Marcos Vargas – Presidente do Sinergia-MS
O ano de 2014 iniciou de forma diferente para os trabalhadores da Enersul. Se por um lado ainda existe uma grande expectativa quanto ao futuro da empresa, por outro lado brotou nos trabalhadores uma força de unidade aliado a uma vontade de lutar pelos seus direitos, após o brilhante movimento de greve ocorrido em dezembro de 2013.
Através de um trabalho permanente, primeiro de conscientização e depois através de alguns movimentos contínuos, conseguimos quebrar um paradigma que existia na Enersul de não fazer greve e agora estamos prontos para novos movimentos, caso necessário.
Com relação a terceirização, mais uma vez assistimos aquele velho filme de empresas falindo, abandonando o barco e deixando os trabalhadores a ver navios e o Sinergia mais uma vez tendo que intervir junto a Enersul em defesa dos trabalhadores. Até quando vamos assistir isso? A terceirização na Enersul é um processo falido e nossa expectativa é que os novos donos, que já tem essa cultura de valorizar o quadro próprio, primarize com urgência todas as atividades fim da Enersul.
2014 será um ano decisivo, pois além da Copa do Mundo teremos eleições majoritárias no Brasil. É o momento de debatermos e analisarmos com responsabilidade quem nós vamos eleger para nos representar. Além do problema de que ainda teremos eleições com esse atual modelo ultrapassado de financiamento privado de campanha, temos que pensar também em nossa representatividade. Hoje a maior representação do Congresso é da classe empresarial, com 273 deputados enquanto por exemplo a representação sindical é de apenas 91 deputados. Dessa forma a luta fica ainda mais difícil. Questões como a terceirização, o fator previdenciário, a redução da jornada e tantos outros temas de interesse do trabalhador ficam travados no Congresso. Pensem nisso!!
Para finalizar, desejo a todos os trabalhadores e trabalhadoras um ano de muitas realizações e conquistas.
‘Tamo junto e misturado’ nessa luta que sempre continua. Avante!!!