Terceirizados seguem sem salário, DB Machado admite que não sabe quando vai pagar VA, e Energisa coloca o MS na beira do colapso

Mais uma vez, trabalhadores da terceirizada DB Machado estão na porta da Energisa-MS em protesto nesta segunda-feira, 24/11: o vale-alimentação está 13 dias atrasado — de novo — e, segundo o próprio dono da empresa, não há previsão de pagamento.

O motivo? Ele afirma que a Energisa bloqueou as contas da terceirizada, deixando os trabalhadores sem qualquer garantia mínima. Enquanto isso, a empresa segue publicando nas redes que é “referência em gestão”. Na prática, o que ela entrega é um rastro de terceirizadas quebradas, trabalhadores endividados e equipes exaustas, e sem receber.
A DB Machado não é caso isolado: diversas terceirizadas contratadas pela Energisa/MS estão enfrentando atrasos, calotes e falta de estrutura mínima.

E aí entramos no ponto mais grave: 50% da força de trabalho da Energisa/MS é terceirizada. Ou seja, metade de quem mantém a energia de pé no Estado está sendo empurrada para uma paralisação inevitável, e justa.
Risco real de colapso no atendimento.

Estamos entrando no período mais crítico do ano: chuva, temporal, ventania, redes arrebentadas, postes no chão, e quem encara tudo isso é justamente o trabalhador que a Energisa deixa sem salário, sem VA, sem respeito e sem futuro.

Se os terceirizados cruzarem os braços — e estão prontos para isso —, a população vai sentir:
⚠️ demora no atendimento
⚠️ risco de apagões prolongados
⚠️ colapso total em diversos municípios

E por quê?
Porque a Energisa estrangula financeiramente as empresas terceirizadas, e quem paga a conta é sempre o trabalhador e o consumidor.

O presidente do Sinergia-MS, Francisco Ferreira, que também estava na porta da Energisa em protesto faz um alerta grave sobre a situação dos trabalhadores:
“Tem trabalhadores retornando das férias sem sequer receber o salário ou as próprias férias. Esse é o real estado dos trabalhadores que prestam serviço para a Energisa-MS. Nós exigimos da Energisa-MS uma tomada de posição imediata, para colocar em dia os salários, o VA e o que é devido a esses profissionais que sustentam o sistema elétrico do Estado.”

E a Diretora de Finanças, Alicéia Alves Araújo, reforça que o caos vivido pelos terceirizados não é novidade — é rotina:
“Os colegas das prestadoras de serviço estão vivendo isso há muito tempo. Não tem salário na conta, não tem vale-alimentação, os planos de saúde estão suspensos há meses. Tem trabalhadora gestante com o plano suspenso, sem poder ter seu filho em paz e podendo adoecer, o que descumpre o ACT.
Empresas terceirizadas fecham as portas e deixam trabalhadores há dois anos sem receber rescisão. Isso é imoral. Olha a estrutura do Grupo Energisa: o relatório financeiro é público, tem dinheiro em caixa, os acionistas estão felizes recebendo dividendos… e os trabalhadores estão humilhados, sem conseguir colocar comida na mesa, pagar luz, pagar água.
Trabalham o mês inteiro, cumprem sua parte, e a empresa simplesmente não paga a conta e diz que não tem previsão. Há anos denunciamos isso. Recebemos fotos de trabalhadores em condições precárias, caminhão sem farol, porta quebrada… é um descaso total com vidas humanas.”

O Sinergia-MS esteve presente no protesto, cobrando soluções imediatas e denunciando o caos criado pela gestão da Energisa. Não vamos aceitar que trabalhadores sejam tratados como descartáveis enquanto a empresa anuncia lucros milionários em seus relatórios.

O sindicato seguirá:
✔ mobilizando
✔ denunciando
✔ cobrando
✔ apoiando cada trabalhador e trabalhadora atingido

A realidade é simples e direta: não existe energia de qualidade com trabalhador humilhado, endividado e explorado.
E o Sinergia-MS continuará firme na linha de frente.

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