Em assembleia na manhã desta quinta-feira (dia 21), os funcionários da Energisa-MS aprovaram, na maioria, os itens do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018. A assembleia ocorreu, simultaneamente, em Campo Grande, no portão do Centro Operacional, e nas principais cidades do interior do Estado.
Na proposta, os eletricitários conseguiram reajuste de 1,83% no salário e demais cláusulas econômicas. Esse índice é o acumulado em 12 meses do INPC. Quanto ao vale alimentação e vale refeição, o aumento foi o índice da inflação (1,83%) mais 1,17% de ganho real, totalizando 3%, além de diminuir o desconto do vale alimentação de 15% para 10%.
Segundo a presidente do Sinergia-MS, Elizete de Almeida, na mesa de negociação, a empresa foi irredutível quanto ao ganho real no salário, mas houve avanços nos índices dos vales (alimentação, refeição e peru). No Vale Peru, o sindicato conseguiu um aumento de 20% – passando dos atuais R$ 1.208,00 para R$ 1.450,00.
“Também conseguimos um dos pontos mais importantes desta campanha salarial, que foi a manutenção de todos os direitos já garantidos no ACT. Além disso, incluímos a questão da hora extra no acordo, preservando mais um direito dos trabalhadores”, ressaltou Elizete.
A presidente do sindicato informou que o aumento será retroativo ao mês de novembro, sendo que o pagamento da diferença do vale refeição, vale alimentação e vale peru será depositado no dia 29 de dezembro, e da diferença do salário e demais cláusulas econômicas, no dia 5 de janeiro.
“Esse acordo não era o esperado pela categoria, mas diante do cenário do nosso país e também das demais categorias, nós conseguimos avançar, principalmente, por garantirmos que nenhum direito fosse retirado. Mas deixamos claro, que no próximo ano, não aceitaremos ser a última empresa da holding a negociar, porque assim, eles querem impor os índices dos outros estados. Nós somos importantes para a empresa, e queremos o nosso acordo negociado primeiro”, comentou.
Negociação
A negociação com a Energisa se arrastava desde novembro, sendo que o sindicato apresentou a pauta de reivindicação da categoria em outubro. Foram realizadas diversas rodadas de negociação e, em duas assembleias, nos dias 4 e 19 de dezembro, os trabalhadores reprovaram a proposta da empresa.
O diretor do sindicato, Elvio Vargas, ressaltou que a união da categoria e a decisão de rejeitar as primeiras propostas, pela maioria, foram importantes para que o sindicato avançasse na negociação, mesmo em um momento de dificuldade em negociar, por conta da reforma trabalhista.
“A rejeição fortaleceu a categoria e o sindicato, permitindo um avanço. A recusa foi muito importante, tanto que, na mesa, a empresa sentiu a nossa força. Nós conseguimos importantes progressos, que foram a manutenção de todos os direitos e ganho real nos tickets”, concluiu Elvio.
Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS
Fotos: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação