O Sinergia-MS realizou nesta segunda-feira (9) uma assembleia com os trabalhadores da Energisa, no Centro de Operações da empresa, em Campo Grande, e simultaneamente, nas cidades de Dourados, Corumbá, Aquidauana, Jardim, Coxim, Paranaíba, Naviraí, Ponta Porã e Nova Andradina. Os diretores do sindicato apresentaram aos eletricitários o novo modelo da PLR (Participação dos Lucros e Resultados), a ser paga em 2018, e a pauta de reivindicação do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018.
Em Campo Grande, o diretor Elvio Vargas convocou os trabalhadores para o início da campanha salarial e destacou a importância da união da categoria para enfrentar a reforma trabalhista que entra vigor em novembro, justamente no período de negociações. “Não vamos deixar a empresa implantar nenhuma medida que seja da reforma trabalhista, que tire direitos dos trabalhadores. Nós vamos tentar incluir o máximo de cláusulas que dê garantias de que a reforma não vai nos prejudicar”.
Na assembleia, os trabalhadores aprovaram a pré-pauta de reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018. A presidente do Sinergia-MS, Elizete de Almeida, explicou que os trabalhadores podem encaminhar sugestões para o sindicato.
As contribuições serão incluídas na proposta do acordo e devem ser enviadas até a próxima segunda-feira (16) pelo site do Sinergia ou clicando aqui. “Cada um tem uma realidade. Tem a realidade do eletricista, dos atendentes, do administrativo. Então, é importante que cada um contribua para que a gente possa fazer uma pauta que atenda a todos os trabalhadores”, ressaltou.
Novo modelo PLR
O sindicato realizou várias rodadas de negociações com a empresa para chegar a um novo modelo de PRL, inclusive com a participação da supervisora técnica do escritório regional do DIEESE, a economista Andreia Ferreira. A proposta foi aprovada pelos trabalhadores da Energisa durante a assembleia desta segunda-feira (9).
“O modelo do ano passado já não contemplava mais a maioria dos empregados, então, nós tínhamos que ajustar para que tivesse uma distribuição melhor da PLR. Ela continua atrelada aos indicadores propostos pela empresa, o BSC. A diferença é que até o ano passado se a gente não cumprisse 85% dos indicadores nós não receberíamos nada. Esse ano, nós conseguimos baixar esse gatilho para 25%”, afirmou a presidente do sindicato, Elizete de Almeida.
Outra mudança é que o sindicato conseguiu ainda que o cálculo fosse feito com base em 3% do lucro líquido da empresa. No início das negociações, a empresa ofereceu apenas 1% do lucro.
A diretora Maria Angela da Silva esclareceu que os trabalhadores com, no mínimo, 3 meses de empresa têm direito ao percentual da PLR e passou mais detalhes sobre os indicadores (BSC) que compõem o cálculo. “Os indicadores são EBITIDA, OPEX, compensação, DEC, FEC, perdas totais, inadimplência, pendente e hora extra trabalhada”.
Segue a fórmula completa para o cálculo da PLR:
Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia
Veja como foi a assembleia do Sinergia em Campo Grande no vídeo abaixo:
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