Os trabalhadores da Energisa-MS aprovaram a pauta de reivindicações do Acordo de Participação de Lucros ou Resultados (PLR) do exercício de 2023. A votação ocorreu durante assembleia virtual realizada pelo Sinergia-MS nessa quarta-feira, dia 19.
Com aprovação de 88% dos participantes da assembleia, o sindicato vai realizar a negociação dos pesos e indicadores que compõem a PLR.
“Na assembleia, nós apresentamos a proposta da empresa para os pesos dos indicadores, mas não temos nada definido ainda, estamos em negociação”, afirmou o presidente do Sinergia-MS, Francisco Ferreira.
“A fórmula da PLR continua a mesma. A novidade é que a hora extra saiu do indicador, não vai mais fazer parte do cálculo, a pedido da empresa. Já tivemos problemas em anos anteriores com esse indicador, inclusive tivemos que alterar a data de quitação do banco de horas para não perder com esse indicador”, explicou o diretor do Sinergia-MS, Breno Mourão.
O sindicato também negocia a retirada do indicador Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD).
Na assembleia, o diretor Roberto Schneidewind falou sobre a preocupação dos trabalhadores com a queda de 28,10% no lucro da empresa. No primeiro trimestre de 2022, o lucro da Energisa-MS foi de R$ 164,9 milhões, já no primeiro trimestre deste ano foi R$ 118,6 milhões.
“Entre as razões para a queda do lucro estão a energia fotovoltaica e o consumo rural. Agora, vamos aguardar os resultados financeiros do segundo trimestre e os dados de outros indicadores, como DEC e FEC, para buscar a melhor negociação”, afirmou o dirigente sindical.
O cálculo da PLR inclui os indicadores EBITDA, OPEX, DEC, FEC, Inadimplência, PCLD e Perdas Totais, além do total de colaboradores elegíveis e o valor da folha de pagamento.
“Todo ano nós estudamos muito para fazer as negociações com a empresa e conseguir os melhores resultados para os trabalhadores. E hoje nós temos a melhor PLR do grupo Energisa”, destacou o diretor Breno Mourão.
A mesa de negociação da PLR é formada pelos dirigentes sindicais Francisco Ferreira, Gilson Pereira, Breno Mourão, Aliceia Araujo, Elvio Vargas, Valentim Delfino, Antônio Carlos Camuci, Roberto Schneidewind, Isaque Machado, Elinei Campos, Jefferson Pinto e a economista do Dieese, Andreia Ferreira.
