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Trabalhadores da Energy reprovam contraproposta e aprovam indicativo de greve

Em assembleias realizadas pelo Sinergia-MS, os trabalhadores da Energy reprovaram a contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021 da empreiteira e aprovaram indicativo de greve a partir da próxima segunda-feira (16).

A votação ocorreu nesta terça-feira (10). A assembleia foi realizada pelo diretor Waciton Gedro em Ponta Porã, e pelo diretor Geonete Peixoto em Naviraí.

Este é o primeiro acordo que está sendo negociado com a Energy, que tem sede em Maceió (AL), e iniciou as atividades no Estado em julho deste ano. A empreiteira presta serviços para a Energisa-MS.

De acordo com o diretor Francisco Ferreira, o sindicato enviou uma proposta de ACT com base em acordos coletivos firmados com outras empreiteiras que atuam no Estado, inclusive com a Compel, que era a empresa que os eletricitários atuavam antes da chegada da Energy.

“A Energy mandou uma contraproposta totalmente diferente, ela não quer pagar sobreaviso, hora extra, produtividade, o tíquete é menor. Nenhuma reivindicação foi atendida. Então, os trabalhadores reprovaram a contraproposta e aprovaram o indicativo de greve para segunda-feira”, explica Francisco.

No tíquete refeição, por exemplo, os eletricitários reivindicam R$ 23,50 por dia trabalhado, mas a empresa oferece apenas R$ 14,50. Outro ponto de divergência é com relação ao pagamento retroativo dos benefícios.

“Nós queremos que tudo que for acertado de tíquete, hora extra, sobreaviso, seja retroativo a julho, e a Energy só quer pagar a partir de novembro”, relata o diretor do sindicato.

Indicativo de greve

Se não houver uma nova proposta por parte da empresa, a partir de segunda-feira (16) a categoria entra em greve. “O sindicato vem tentando negociar desde a quando a empresa chegou, em julho. E agora tivemos essa resposta que não atende a categoria, de forma unilateral. É uma empresa que não conversa com o sindicato”, explica o diretor do Sinergia-MS.

No dia 21 de setembro, os eletricitários da Energy paralisaram as atividades por duas horas justamente devido à falta de respeito e transparência da empresa, que atrasou o pagamento de vale-transporte e não compareceu a uma reunião virtual com os representantes do sindicato.

“Os trabalhadores não aceitam receber menos do que recebiam na outra empresa, sem hora extra, hospedagem de viagem, alimentação, nenhuma despesa de viagem e uma série de benefícios que a Energy não paga. Eles estão no limite, alguns foram demitidos e outros pediram as contas. É uma empresa que veio de longe para explorar a mão de obra local e não atende o mercado na questão de salários e benefícios”, afirma Francisco Ferreira.

São cerca de 120 trabalhadores que atuam nas cidades da região sul do Estado como Ponta Porã, Aral Moreira, Amambai, Antônio João, Naviraí, Sete Quedas e Paranhos. A empresa presta serviços na área de construção e manutenção de rede elétrica e serviços técnicos comerciais.

Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação Sinergia-MS

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