Os trabalhadores da State Grid estão em campanha salarial e recusaram a proposta da empresa durante assembleia realizada pelo Sinergia-MS nesta sexta-feira (6). A insatisfação da categoria ocorre por conta das distorções salariais do Plano de Cargos e Salários (PCS).
“Os salários de Mato Grosso do Sul estão bem abaixo dos salários de pessoas que exercem a mesma função em outras regionais da empresa. A defasagem é muito grande, em outros estados já houve acordo, e aqui ainda não por causa dessa diferença, a regional daqui paga bem menos”, explica o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.
O presidente do sindicato esclarece ainda a categoria aprova a proposta econômica (reajuste de salários e benefícios) da empresa, mas o que tem prejudicado os trabalhadores são essas distorções salariais.
“Vamos encaminhar um ofício para a empresa para informar sobre essa situação e indicar casos mais críticos, de distorções mais gritantes, e esperar um posicionamento da empresa, ao menos uma previsão de quando isso pode ser solucionado. Nossa expectativa é que com essa resposta da empresa, possamos fazer uma nova assembleia e aprovar o acordo”.
Proposta econômica
A State Grid oferece 3,89% de reajuste salarial, além de ticket refeição/alimentação no valor de R$ 880,00 (aumento de 4,76%), Vale Páscoa 2020 de R$ 95,00 (reajuste de 11,76%), Vale Natal de R$ 640,00 (aumento de 20,3%) e auxílio-creche no valor de R$ 420,00 (aumento de 5%).
A empresa aceitou o pedido do sindicato para manter o pagamento do ticket refeição/alimentação nos períodos de férias e demais interrupções contratuais, incluindo a licença-maternidade. O benefício também será mantido em casos de auxílio-doença previdenciário, durante os 12 primeiros meses de licenciamento.
Em relação aos casos de auxílio-doença acidentário, o pagamento será mantido durante os 24 primeiros meses de licenciamento. Em caso de aposentadoria referente aos dois casos, o benefício é cessado.
