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18 de Novembro de 2012 às 05:00

Ações da Eletrobras caem mais de 13% na Bovespa

 

Investidores reagem ao balanço da empresa, divulgado nesta semana, e temem queda brusca de receita com novas regras do setor

As ações preferenciais (PN) – que não dão direito a voto – da Eletrobras caíram mais de 13% na BM&F Bovespa no meio da tarde de sexta-feira. A reação dos investidores deu-se após a companhia apontar que deve renovar os contratos de concessões com o governo, o que representará queda brusca em suas receitas.

Estudo do Instituto Acende Brasil prevê que a companhia  vai perder 20 bilhões de reais de 2013 a 2017, exclusivamente com a redução da tarifa de energia relativa às concessões renovadas antecipadamente. Esta é a diferença entre o quanto a empresa teria de receita com a continuidade do contrato até 2017 nas condições anteriores e o quanto passará a receber pelo megawatt-hora a partir de 2013, caso opte pela renovação.

Balanço – A estatal federal de energia divulgou nesta quarta lucro líquido consolidado de 1 bilhão de reais no terceiro trimestre, valor 36% abaixo dos 1,56 bilhão de reais auferidos no mesmo período do ano passado. A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de julho a setembro foi de 1,52 bilhão de reais, acima dos 1,08 bilhão de reais em igual período de 2011. Já a receita líquida no trimestre até setembro foi de 8,38 bilhões de reais, maior que os 7 bilhões de reais um ano antes.

Baixa contábil – A Eletrobras é uma das empresas mais atingidas pelo processo de renovação antecipada e condicionada das concessões do setor elétricoA companhia manteve no balanço, por ora, os valores de seus ativos de transmissão e geração de energia, mesmo diante da perspectiva de ter de lançar uma baixa contábil superior a 15 bilhões de reais. Havia dúvidas entre analistas se o grupo optaria por lançar já no terceiro trimestre uma redução do valor de seus ativos, diante da diferença entre o montante no balanço e o oferecido como indenização pelo governo por investimentos ainda não depreciados.

(com Estadão Conteúdo)



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