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16 de Setembro de 2013 às 05:25

Deputados criticam venda de Enersul para Energisa e propõem estatização do serviço

 
Em sessão da Assembleia Legislativa, realizada no dia 16 de julho,  foi marcada por críticas sobre a venda do Grupo Rede Energia, que mantém a concessionária do sistema elétrico no Estado, a Enersul, para o Grupo Energisa, com compromisso já assinado em julho. Denúncias contra a compradora foram apresentadas e proposta de estatização também foram temas.
 
A Energisa possui 150 mil consumidores na Paraíba, 630 mil em Sergipe e 394 mil em Minas Gerais, também em Nova Friburgo e captaria mais 1 milhão de consumidores com a compra da Enersul. “Ela é pequena, só detém 2% do potencial do país, em comparação com outras e tem inúmeras denúncias sobre a empresa”, disse o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB).
 
O deputado apresentou então que a empresa foi multada em R$ 50 milhões pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) por desrespeito aos consumidores.
 
“Funcionários denunciaram aos deputados da Paraíba que faziam ‘gatos’ – fraudes no relógio – para causarem prejuízos e com isso a empresa obtia lucros com multas e receita extra de R$ 125 milhões extras que lançava sobre a rubrica de perdas não-técnicas”, afirmou Marquinhos que acredita que a melhor opção não é a venda para este grupo.
 
No dia 15 de julho terminou no prazo da recuperação judicial do Grupo Rede. Já o prazo dado pela Aneel para a intervenção das oito distribuidoras de Rede terminou no dia 31 de agosto. A dívida da concessionária segundo Marquinhos está em R$ 2 bilhões.
 
Uma solução para a Enersul, na visão do deputado Pedro Kemp (PT), seria a estatização da concessionária. “Por ser detentora de um serviço essencial para o Estado e estratégico também, acredito que a estatização seja o melhor a fazer”, explicou.
 
Para o deputado petista a quebra de contrato - de 30 anos – poderá ser feita pelo não cumprimento dos termos e fazer a retomada do serviço. “É uma empresa lucrativa e foi vendida a preço de banana. Essa retomada deveria ocorrer, dá para pedir aporte ao BNDES, por exemplo”, explicou.
 
 
A assessoria do Grupo Energisa foi procurada pela reportagem para divulgação da versão da empresa sobre as denúncias e um posicionamento foi prometido para o decorrer do dia.
 
Fernanda Kintschner



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