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23 de Novembro de 2012 às 05:00

Eletrobras vale em bolsa só 10% de seu patrimônio

 

 
Segundo dados da Economatica, outras nove empresas do setor listadas na BM&F Bovespa estão com valor de mercado abaixo do patrimônio líquido
 
Naiara Infante Bertão
 
Trabalhadores da Eletrobras avaliam linha experimental de hidrelétrica de Furnas   (Jose Lins/Divulgação)
 
O valor de mercado da Eletrobras – estatal federal de energia elétrica e a maior empresa do setor no país – equivale hoje a apenas 10,8% de seu patrimônio líquido, segundo levantamento da consultoria Economatica feito a pedido do site de VEJA. A companhia vale em bolsa, conforme o fechamento desta quinta-feira, 8,63 bilhões de reais, enquanto seu patrimônio líquido está em 79,58 bilhões de reais. O patrimônio líquido (PL) de uma organização representa seu valor contábil – ativo menos o passivo, ou seja, todas as riquezas e direitos debitados, subtraídos os débitos e obrigações. O mais comum é que empresas valham em bolsa mais do que seu PL porque o preço de mercado embute expectativas futuras de crescimento das companhias.
 
Outras nove companhias do setor listadas em bolsa estão com seu valor de mercado inferior ao patrimônio líquido. A Companhia Energética de Brasília (CEB) está em segundo lugar neste quesito: enquanto seu PL está em 553,10 milhões de reais, seu valor de fechamento é de 158,11 milhões de reais (apenas 28,6% do PL).
 
Já o valor de mercado da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) representa apenas 38,1% de seu PL, respectivamente, 295,57 milhões de reais contra 775,73 milhões de reais. A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT) vale em bolsa 993,67 milhões de reais contra 2,585 bilhões de reais de PL (38,4%). A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) é a quinta na relação entre valor de mercado e PL, com 5,15 bilhões de reais de preço em bolsa e 10,44 bilhões de reais em PL (49,3%).
 
Os números refletem o pessimismo dos investidores com os resultados futuros das empresas do setor elétrico na medida em que o governo federal pressiona para que renovem antecipadamente, em 2013, concessões que venceriam entre 2015 e 2017. Neste processo, as companhias têm de aceitar receber tarifas muito menores que as atuais, pois o Planalto entende que seus ativos foram completamente amortizados e não há mais razão para imposição deste custo aos clientes. Especialistas, contudo, criticam a falta de transparência e até a certa truculência do governo ao lidar com este assunto. As companhias argumentam que, com a redução das tarifas, terão perdas expressivas de faturamento e que as compensações prometidas pela União serão insuficientes para se contrapor a elas.
 
Confira as demais companhias com valor de mercado inferior ao patrimônio:



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