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7 de Fevereiro de 2013 às 06:00

Entidades e sindicatos lançam Frente Estadual em Defesa da Saúde Pública de MS

Encontro reuniu sindicalistas e entidades ligas a saúde

 

 
Pio Redondo
 
Um encontro que teve por finalidade discutir os diversos problemas da saúde pública no Mato Grosso do Sul reuniu sindicatos do setor e entidades, como o SINTSSMS, CUT, FETRICOM, CDDH Marçal de Souza, SINERGIA, MS de Fato, SINTTEL, SINTSPREV, membros do Conselho Estadual de Saúde e do Fórum dos Usuários do SUS.
 
Da reunião ocorrida no último dia 4 de fevereiro nasceu a 'Frente em Defesa da Saúde Pública no Mato Grosso do Sul'. Do encontro também participou o vereador Zeca do PT.
 
Foram relatadas várias denúncias relativas ao processo de privatização da saúde, à superlotação dos hospitais, falta de ambulâncias do SAMU e à diminuição dos leitos do SUS no estado.
 
Um exemplo citado pelos sindicalistas da área da saúde foi um levantamento do DENASUS, que apontou que de 2005 a 2010 “o número de leitos do HRMS, Santa Casa e HU diminui drasticamente em Campo Grande, de 1280 para aproximadamente 510 leitos dia”, segundo afirma nota da Frente.
 
Em outro questionamento sobre a falta de gestão da saúde, a nota da Frente afirma que “em novembro do ano passado, foi divulgado em reunião do Conselho Estadual de Saúde, a possibilidade de se instalar uma epidemia de dengue na cidade de Campo Grande. Efetivamente ela ocorreu e não foi feito nada concreto para impedir esta situação”.
 
A Frente em Defesa da Saúde Pública propõe que novas entidades sensibilizadas com a situação do SUS e o sofrimento dos pacientes que utilizam o sistema, que em muitas ocasiões são vitimados por mortes plenamente evitáveis, participem da luta pelo fortalecimento do controle social e dos Conselhos de Saúde em todas as suas esferas - local, regional, municipal e estadual.
 
Segundo o médico e sindicalista Ronaldo Costa, “a reunião colecionou em poucos minutos dezenas de exemplos tanto de práticas absurdamente erradas, como de comprovada falta de ação das autoridades federais, estaduais e municipais, na execução da assistência à saúde, além da falta de lisura na execução financeira dos fundos estadual e municipais de saúde”.
 
Ronaldo Costa informou que serão realizadas visitas em unidades públicas de saúde “sucateadas, que recebem recursos federais para o funcionamento, como o SAMU e os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST's), além de investigação sobre os recursos destinados à construção dos Centros Estaduais de Radioterapia, evitando que ao chegarem os aparelhos doados pelo Ministério da Saúde, o Estado não esteja propositadamente despreparado para recebê-los, e assim os encaminhe para a iniciativa privada”.
 
O Fórum também pretende envolver mais efetivamente em suas ações tanto o Ministério Público Estadual, como o Federal na defesa da qualidade pública do SUS e na apuração das irregularidades.



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