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17 de Outubro de 2013 às 04:52

Funcionários da EPE decidem fazer paralisação de 48 horas nos dias 17 e 18

Pleito é por reajuste que compense perdas além da inflação. Caso não haja acordo, greve por tempo indeterminado ganha força, o que pode impactar na realização dos leilões

Os funcionários da Empresa de Pesquisa Energética vão fazer uma paralisação de 48 horas a partir da próxima quinta-feira, 17 de outubro. A decisão foi tomada em assembleia de funcionários. Em setembro, já houve uma paralisação de advertência de 24 horas. Os funcionários da EPE pedem um reajuste que compense perdas salariais e aditivos de produtividade, mas a empresa acena apenas com o reajuste da inflação. Os empregados também querem a assinatura do acordo coletivo de trabalho, cuja data-base é maio e ainda não foi definido.
 
De acordo com Agamenon Oliveira, diretor do sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro, o plano de cargos e salários da empresa implantado também está defasado e se mostra inoperante, o que tem gerado frustrações nos funcionários que almejam ascensão. Há ainda queixas nas relações de trabalho. "Tem muito autoritarismo administrativo, beirando o assédio moral", afirma o sindicalista. Segundo ele, também há demissões imotivadas, gerando insatisfação entre os funcionários.
 
Ainda de acordo com o diretor, a ideia é que a paralisação motive contatos dos sindicalistas com a direção da EPE e outras esferas do governo, como o Ministério do Planejamento. Caso a ação não surta efeito, uma nova greve não está descartada. " A tendência é ir para uma paralisação por tempo indeterminado", observa Oliveira. Ele alerta que essa alternativa pode prejudicar o cronograma e a organização dos leilões de energia nova e de transmissão previstos para esse ano. "Se isso acontecer pode ser que eles se sensibilizem", comenta.
 
Segundo o sindicalista, na última paralisação, a adesão entre os funcionários foi de quase 100%. Oliveira espera que o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, use do seu prestígio junto ao governo federal e a presidenta Dilma Rousseff para contornar a situação. Para ele, há um endurecimento do governo nas cláusulas econômicas. Procurada pela reportagem da Agência CanalEnergia, a EPE afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto.



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