5 de Dezembro de 2012 às 10:00

Trabalhadores da Cemig vão ao TRT para discutir ACT

Amanhã, dia 06, na audiência de conciliação para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho dos eletricitários, que terá incío às 10 horas, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a categoria terá que reforçar a luta pela garantia de emprego, contra o rebaixamento de salário e contra a retirada de conquistas.

A Cemig resolveu que não renovará a concessão de nenhuma das 21 usinas. O problema colocado antes para os empregados estava nas usinas de São Simão, Miranda e Jaguara, mas agora atinge a lista com mais 18 usinas.

O coordenador geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho, ressalta que essa posição do governo Anastasia, sócio majoritário da Cemig, de não aderir à renovação das 21 usinas, coloca novamente a estatal na mira da privatização. “Pensaram somente no lucro dos acionistas e Minas pode perder o principal motivo da existência da Cemig, que é a geração de energia para o desenvolvimento do Estado”, critica.

Sobre a Medida Provisória 579, a Cemig aderiu apenas à renovação da transmissão, deixando de fora todas as usinas. Como a lei prevê a licitação dessas concessões ao término de cada contrato, em agosto de 2013 a usina de Jaguara corre o risco de mudar de dono. Ganhará a licitação quem oferecer o menor preço para a operação da usina.

NOS BRAÇOS DA PRIVATIZAÇÃO

Por causa da recusa da Cemig e das companhias Energética de São Paulo (Cesp) e Paranaense de Energia (Copel), a redução na conta de luz dos brasileiros para 2013 pode ser de 16,7%, percentual menor do que o anunciado pela presidenta Dilma Rousseff, em setembro.

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, informou que a decisão dessas empresas estaduais pela não prorrogação está causando diretamente o impacto de não atingir a meta de 20,2% de redução das tarifas de luz. “Estranhamos que essas empresas preferiram priorizar os acionistas do que a população”, disse o secretário executivo.

Fonte: Sindieletro-MG