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13 de Outubro de 2012 às 07:00

Trabalhadores são contra J&F adquirir ativos da Rede Energia

Matéria publicada dia 11 de outubro de 2012 no jornal diário O Estado

Representantes dos trabalhadores das distribuidoras de energia pertencentes ao Grupo Rede afirmam que caso a J&F - holding que controla o frigorífico JBS – adquira os ativos da Rede, as concessionárias vão continuar com os mesmos problemas de gestão enfrentados atualmente - dívidas milionárias, falência e apagões, que levaram, inclusive, à intervenção da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Os presidentes do Sinergia (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia) de sete, das oito distribuidoras do Grupo Rede – Enersul (MS), Celtins (TO), Companhia Força e Luz do Oeste (PR), Caiuá Distribuidora (SP), Bragantina (SP/MG), Vale Paranapanema (SP) e Companhia Nacional de Energia Elétrica (SP) – estiveram reunidos ontem, em Campo Grande, para discutir o interesse da J&F nas concessionárias do Grupo.

 

Empresa não tem experiência no setor de energia elétrica

O entendimento geral é de que a holding não possui nenhuma experiência no setor elétrico, o que não vai solucionar os problemas das distribuidoras.

"O que levou o Rede a chegar a essa situação de intervenção foi a má gestão. Uma empresa que não é do ramo pode piorar o que já está um caos, e levar todas as distribuidoras ao fundo do poço, como aconteceu com a Celpa", afirma o presidente do Sinergia/MS, Elvio Marcos Vargas.

Outro receio dos representantes dos trabalhadores é o histórico de tratamento do JBS com o trabalhador, o que interfere, diretamente, na qualidade do fornecimento de energia, prejudicando toda a população. "É um efeito dominó. O JBS fecha frigoríficos e não paga a conta dos trabalhadores. Sem uma manutenção do quadro de funcionários, o fornecimento de energia fica precário", disse o presidente do Sinergia de Campinas (SP), Glauco Sanchez.

Anteriormente, a Aneel havia sinalizado que daria preferência a uma transação entre empresas do ramo de energia, entre elas Cemig (MG), CPFL (SP) e Equatorial (MA), que manifestaram interesse na compra dos ativos do Grupo.

Por Zaina Zaidan (Jornal O Estado)



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