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12 de Dezembro de 2012 às 06:00

Votação da MP579 fica para o final da tarde

 

Em discurso, petista Jilmar Tatto afirma que PSDB é contra a redução das tarifas e provoca a ira dos deputados tucanosPor Maria Domingues
 
A Câmara dos Deputados fez no início da tarde desta quarta-feira (12/12) uma primeira tentativa de votar a Medida Provisória 579. Depois de muitos discursos inflamados e protestos de alguns deputados, foi decidida a suspensão da sessão extraordinária. Os deputados deverão voltar ao plenário às 16h para deliberar sobre a matéria, mas antes disso deverá ser realizada uma reunião entre os líderes partidários para acordar sobre as emendas inseridas no texto pelo relator, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
 
Essa primeira tentativa aconteceu menos de 24 horas depois da aprovação do parecer de Calheiros, o que é um indício de que o Governo Federal quer a MP aprovada o mais rápido possível. A aceleração desses trâmites foi justamente a principal crítica feita pelos deputados que pediram para usar a palavra. "Não podemos votar uma matéria que desconhecemos a redação", afirmou Roberto Freire (PPS-SP).
 
O termo "rolo compressor", utilizado na reunião da comissão mista, voltou a aparecer durante a sessão. Na ocasião, os membros reclamaram que tiveram pouco tempo para analisar as emendas inseridas pelo relator.
 
Mais uma vez a sessão foi marcada pela polarização PT-PSDB. Em um discurso de 10 minutos, o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), presidente da comissão mista, afirmou que as empresas de energia vem ganhando muito dinheiro "às custas do povo brasileiro". "Ninguém é obrigado a renovar. Se não vai ter lucro pelo modelo proposto, devolve", disse.
 
O deputado afirmou que "parte das empresas de energia" tem o hábito de maquiar os balanços e criticou, da mesma forma que já fizeram outros petistas e representantes do Governo Federal, a Cesp, Cemig e Copel por não renovarem suas concessões de geração. "Por uma simples coincidência, os três estados são do PSDB", ironizou.
 
Tatto acusou os tucanos de serem contra a redução da tarifa de energia. "Quem estava obstruindo a reunião da comissão mista era o senador Aécio Neves (MG), pré-candidato à Presidência da República, isso se eles não brigarem entre eles. O PSDB é contra a redução de tarifas", afirmou. De acordo com o líder petistas, os parlamentares de oposição dizem que são a favor de uma tarifa de energia mais barata, mas por trás operam contra a medida provisória. "E qual a opção que eles dão? Nenhuma", afirmou.
 
O discurso de Tatto inflamou o plenário e provocou a indignação dos deputados tucanos. Foi então que a presidente da sessão, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) determinou a suspensão da sessão.



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