Nós, empregados, queremos o resgate da nossa dignidade.A Enersul, desde a sua criação, sempre figurou como uma das melhores empresas do estado, da qual, nós empregados, tínhamos o maior orgulho de dizer que fazíamos parte. Tínhamos respeito e credibilidade dos nossos clientes, do comércio e da sociedade. Os nossos crachás eram como chaves que abriam todas as portas. Pena que tudo isso faz parte de um passado, não distante, mas passado.Diante de tantos acontecimentos, os trabalhadores estão cada dia mais cabisbaixos e o clima organizacional está cada vez pior. Como se não bastasse o desgaste que tiveram com a implantação do novo plano de saúde e desse famigerado plano de cargos e salários (que só serviu pra jogar um balde de água fria nas expectativas dos empregados) estão sofrendo um massacre diário na mídia com as denúncias feitas pela CPI.Quem está sofrendo as conseqüências da inércia da empresa em não se defender são os trabalhadores. Ficam receosos de dizer que fazem parte do quadro de empregados da Enersul, com medo de passarem por constrangimentos, de serem xingados e até mesmo agredidos.Os maiores prejudicados são os atendentes, leituristas e eletricistas prestadoras de serviço que estão em contato direto com o consumidor. Estes valorosos trabalhadores vêm passando por constantes humilhações durante o cumprimento de suas atividades.Um eletricista, que prefere não se identificar, conta que foi agredido à pedradas e ameaçado de morte quando executava a suspensão de fornecimento de energia elétrica em uma unidade consumidora. ” Fato como este não é isolado, acontece todos os dias. Se isto acontece na Capital, imagina o que não deve estar acontecendo no interior do Estado, onde a infra-estrutura é menor”, diz o trabalhador.Queremos que a empresa tome atitudes efetivas para resgatar sua credibilidade e assim elevar a moral de seus empregados.Nós merecemos resgatar a nossa imagem de cidadãos honestos junto à população.
Elizete Figueira de Almeida
Diretora Administrativa do Sinergia-MS