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Sinergia-MS lamenta morte de eletricista que atuava em terceirizada da Energisa

O Sinergia-MS lamenta profundamente a morte do eletricista Wesley Tavares, na madrugada desta sexta-feira (19), na região do município de Naviraí. O trabalhador atuava na Energy, terceirizada da Energisa, e morreu após um acidente com o caminhão da empresa durante o plantão de manutenção da rede elétrica.

De acordo com informações preliminares repassadas ao sindicato, a equipe formada por quatro eletricistas retornava de um serviço de manutenção quando o motorista teria perdido o controle do veículo e atingido uma árvore. Com o impacto da colisão, o caminhão pegou fogo. Três trabalhadores conseguiram sair, mas Wesley ficou preso no veículo.

O eletricista é da cidade de Rosana, em São Paulo. O sindicato cobrou assistência da Energisa para o translado do corpo. “Nós fizemos agora de manhã uma reunião com a diretoria da Energisa exigindo que os eletricistas envolvidos no acidente tenham todo o tratamento necessário e que o translado do corpo de Wesley para São Paulo seja custeado pela concessionária”, explicou a diretora do Sinergia-MS, Alicéia Araújo.

O Sinergia-MS se solidariza com os familiares e amigos por essa grande perda, desejando a todos muita força neste momento de imensa dor.

Terceirização

O sindicato também reforça a preocupação com as condições de trabalho enfrentadas pelos eletricitários das empresas terceirizadas da Energisa. “Essa é uma notícia muito triste para a categoria e mostra novamente os perigos da terceirização, que precariza as relações de trabalho e coloca o trabalhador em situações de maior risco, podendo, em alguns casos, levá-lo à morte”, avalia o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

A Energy tem sede em Maceió (AL) e iniciou as atividades no Estado em julho. Durante as negociações para o Acordo Coletivo de Trabalho, a categoria realizou paralisações e greves diante do descaso da empresa. Parte das reivindicações dos trabalhadores foi atendida somente após mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT).

“Os trabalhadores enfrentam todos os dias as consequências negativas da precarização advinda da terceirização desenfreada. Por essas fatalidades que o Sinergia faz uma luta contra a terceirização da forma que é praticada. Serviços de atividade fim como manutenções emergenciais, manutenções preventivas, ligações, cortes, deveriam ser feitos diretamente pela Energisa e não por empresas terceirizadas”, afirma Elvio Vargas.

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