A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) encaminhou ofício ao diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, solicitando que os urbanitários sejam inseridos no grupo prioritário no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
Além do alto índice de contaminação da categoria, que atua nos setores de energia, saneamento, meio ambiente e gás natural, o presidente da FNU, Pedro Blois, justificou o pedido afirmando que a categoria desempenha atividade essencial e, mesmo sob risco de contaminação, não parou de trabalhar desde o início da pandemia, em março do ano passado.
De acordo com o dirigente, muitas empresas dos setores passaram por adaptação, com horário reduzido, escala de diferenciada e a diminuição de trabalhadores dentro de veículos para atendimento técnico. “Mesmo assim, há risco grande de contaminação e as atividades são essenciais. Nem dá para imaginar ficar sem energia elétrica e sem água, em plena pandemia”, afirmou.
No documento encaminhado à Anvisa foi mencionada a pesquisa de “Risco de Contágio por Ocupação no Brasil”, realizada pelo LabFuturo e LABORe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com a pesquisa, os trabalhadores que atuam nessas áreas correm mais de 51% de chance de contrair o coronavírus, enquanto executam suas atividades.
O estudo analisou 2.500 atividades profissionais exercidas no país, nas quais os profissionais estão mais vulneráveis a doenças por proximidade física e contato com outras pessoas, como por exemplo, técnicos de operação de fluídos (distribuição, captação, tratamento de água, gases e vapor); técnicos de saneamento e de controle de meio ambiente; operadores de estações de captação, tratamento e distribuição de água e afluentes; eletricistas de rede área e subterrânea, técnicos de manutenção de linha de transmissão.
No ofício encaminhado em 1º de abril, a FNU enfatiza ainda que os urbanitários prestam serviços essenciais para sustentar as medidas de isolamento social e de cuidados de saúde e abastecimento à população.
Clique aqui para ler o ofício da FNU.
Fonte: CUT