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Deputados vão ao TJMS pelo direito de investigar Energisa com CPI da Enersul

Pontos que garantiram liminar à empresa serão rebatidos, garante relator

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul formalizará na quarta-feira (20) recurso contra decisão judicial que suspendeu a CPI da Enersul/Energisa na casa. A confirmação foi feita na manhã desta terça-feira (19) prelo relator do colegiado, deputado estadual Beto Pereira (PDT).

Segundo o relator, todos os pontos questionados pela Energisa, que conseguiu a liminar no TJ (Tribunal Justiça), serão rebatidos pelo Legislativo Estadual. A empresa alega, entre outras coisas, que a CPI não tem interesse público por investigar questões não relacionadas ao custo da tarifa de energia elétrica; falta de legitimidade da Assembleia para agir no caso e até o uso do nome da concessionária.

“O CNPJ continua o mesmo”, pondera o pedetista em relação à mudança na empresa – até o fim de 2013 era Enersul, quando então o Grupo Rede, então dono, repassou a concessão à Energisa. “Se você reparar nas contas recentes de luz, verá que tem os dois nomes (Enersul e Enegisa), ou seja, a própria empresa assim utilizava”, argumenta o parlamentar.

A ida dos parlamentares ao TJ está prevista para as 11 horas. O recurso deve ser formalizado pelos presidentes da CPI, Paulo Corrêa (PR), e da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB).

O colegiado foi instituído na Assembleia Legislativa após auditoria que, entre outros fatores, aponta saques milionários suspeitos nas contas da empresa. Também recaem suspeitas sobre gratificações pagas a ex-diretores e, até o momento, fala-se em um possível rombo da ordem de R$ 1 bilhão.

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