Nesta segunda-feira (16), os trabalhadores da Eletrosul de Mato Grosso do Sul aderiram à paralisação nacional contra a privatização da Eletrobras, que é uma das maiores empresas de energia do mundo, e a maior da América Latina. A Eletrosul é uma das subsidiárias da estatal.
O objetivo é pressionar o governo federal e os parlamentares que integram as comissões da Câmara dos Deputados quanto às consequências da privatização para os trabalhadores, para a população e para a economia e autonomia do país. A paralisação da categoria faz parte da campanha “Energia Não é Mercadoria” da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE).
A presidente do sindicato, Elizete de Almeida, alerta que a privatização provoca ainda a precarização dos serviços à população, a demissão de trabalhadores e o aumento de tarifas, que pode chegar a 16%, conforme informação divulgada pela Aneel.
“No caso da privatização, a população sempre vai ser a mais prejudicada. Nós tivemos a privatização das distribuidoras no setor elétrico, como a antiga Enersul, e nenhum tipo de benefício foi dado a sociedade, houve somente aumento de tarifas e os investimentos dessas empresas não são feitos. A exemplo da área rural, em que muitas pessoas não são atendidas”, comentou.
O diretor do Sinergia-MS, Elvio Vargas, ressalta que a empresa pública atua em um setor estratégico para o país.
“A maioria dos países protege essas empresas que geram energia elétrica, porque é um negócio estratégico para a soberania e o desenvolvimento do próprio país. Se o Brasil privatizar a Eletrobras, vai ser o único entre os 5 maiores do mundo (Brasil, Canadá, Noruega, Suécia e Venezuela) que têm a energia hidráulica como fonte primária e que não terá o sistema elétrico controlado por estatal”, pontuou o diretor do sindicato.
Eletrosul
Além dos três estados do Sul e Mato Grosso do Sul, a Eletrosul está presente em Rondônia, Mato Grosso e Pará. Maior estatal federal de energia elétrica do Sul do Brasil, a Eletrosul dispõe de controle e participações em sete usinas hidrelétricas, dois complexos eólicos, uma usina solar, 44 subestações, uma conversora de frequência e cerca de 11 mil quilômetros de linhas de transmissão. Produz energia suficiente para atender ao consumo de aproximadamente 12 milhões de pessoas.
Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia