Representantes de diversas entidades sindicais ocuparam, na manhã desta terça-feira (dia 18), o prédio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na rua 13 de maio, centro de Campo Grande. O ato foi organizado pelo Comitê Estadual contra Reforma da Previdência.
Segundo o vice-presidente do Sinergia e coordenador do Comitê, Elvio Vargas, o movimento é contra o projeto de reforma trabalhista que será votado nesta semana na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. “Escolhemos o MTE por causa do posicionamento do delegado regional do trabalho, que é a favor do projeto que será votado amanhã,” disse Elvio.
O movimento não prejudicou o atendimento, mas os manifestantes e pretendem ficar no prédio por tempo indeterminado.
Este ato é considerado uma prévia para a “Greve Geral” no país, preparada para o dia 28 de abril. De acordo os sindicalistas, a intenção é chamar a atenção dos parlamentares federais, para que haja mudanças nos projetos das reformas previdenciária e trabalhista que estão tramitando no Congresso Nacional e que representam a retirada de direitos dos trabalhadores.
Reforma Trabalhista
Os sindicatos criticaram diversos pontos do projeto de reforma trabalhista (PL 6787/16), em tramitação em uma comissão especial da Câmara. A proposta, apresentada pelo relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), permite, entre outras medidas, que a negociação entre empresas e trabalhadores prevaleça sobre a lei em pontos como parcelamento das férias em até três vezes, jornada de trabalho de até 12 horas diárias, plano de cargos e salários, banco de horas e trabalho remoto.
Também regulamenta o trabalho intermitente, no qual os trabalhadores são pagos por período trabalhado, e retira a exigência de a homologação da rescisão contratual ser feita em sindicatos. Ela passa a ser feita na própria empresa.
Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia