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Trabalhadores de MS aderem à greve nacional contra a privatização da Eletrobras

Eletricitários de todo o país iniciaram nesta segunda-feira (11) uma paralisação de 72 horas contra a privatização da Eletrobras. Em Mato Grosso do Sul, os funcionários da Eletrosul, que é uma das subsidiárias da estatal, aderiram ao movimento e interromperam as atividades em defesa de uma Eletrobras pública, eficiente e para todos os brasileiros.

A greve, que segue até a próxima quarta-feira (13), é uma forma de pressionar autoridades e políticos e, assim, tentar impedir a aprovação do Projeto de Lei 9.463/2018, que define os termos da desestatização da Eletrobras. O PL está tramitando no Congresso Nacional.

Em Mato Grosso do Sul, são cerca de 60 funcionários da Eletrosul. “Aqui no Estado, a maior parte da transmissão de energia elétrica é feita pela Eletrosul. A privatização vai trazer muitos prejuízos tanto para os trabalhadores quanto para a população. Há estudos da própria Aneel de que a energia deve subir aproximadamente 15%, caso o sistema Eletrobras seja privatizado”, esclarece Elvio Vargas, diretor do Sinergia-MS, que representa os trabalhadores do setor elétrico no Estado. Hoje, a estatal gera energia subsidiada pelo governo com o custo 50% menor que uma empresa privada.

Em todo o país, cerca de 24 mil trabalhadores do grupo Eletrobras das áreas administrativas e atividades fins, como operação e manutenção de todas as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia devem cruzar os braços. São funcionários que atuam na Furnas, Chesf, Eletrosul, Eletronorte, Eletrobras e Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), além das distribuidoras dos estados do Piauí, Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas.

A paralisação acontece no dia em que a holding Eletrobras comemora 56 anos de existência. Ela foi instalada no dia 11 de junho de 1962, no Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro, durante o governo do presidente João Goulart.

Privatização de distribuidoras suspensa

Em resposta a uma ação movida pelos sindicatos do setor elétrico, a Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro suspendeu, na última terça-feira (5), o processo de venda de cinco distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras e determinou a apresentação de um estudo sobre os impactos da privatização nos contratos de trabalho.

Umas das questões apontadas pela juíza Raquel de Oliveira Maciel se refere às alterações nos contratos de trabalho que, por ventura, venham a implicar em diminuição das vantagens já existentes.

Além da redução de direitos, outros pontos que afetam os trabalhadores são a terceirização e a precariedade de treinamentos, o que aumenta os riscos de mortes no setor elétrico.

Por: Assessoria de Comunicação do Sinergia-MS (Com informações da FNU)

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